TGV: Consórcio informa agora sobre vistorias a casas no Norte
AVAN Norte garante que levantamentos "não se destinam a qualquer procedimento de expropriação".
O consórcio vencedor do concurso para a linha ferroviária de alta velocidade entre Porto e Oiã comunicou, há dias, que está a ser realizado o levantamento do estado de conservação dos edifícios existentes nas áreas contíguas ao traçado previsto.
O agrupamento de empresas AVAN Norte, responsável pela conceção, projeto e constrição da infraestrutura de TGV, indica agora que subcontratou as empresas Modera e Check House, "cujos técnicos se encontram devidamente identificados e mandatados para o efeito". Refere, em comunicado datado de dia 14 e divulgado nas últimas horas por algumas autarquias, que o levantamento "tem exclusivamente fins técnicos" e destina-se a registar as condições atuais do edificado, produzir os relatórios de vistoria e proceder ao depósito em cartório, garantindo memória futura do estado das construções.
O consórcio esclarece que "estas ações não se destinam a qualquer procedimento de expropriação", acrescenta que "os contactos realizados pelos técnicos têm unicamente por objetivo permitir o acesso aos imóveis para a realização das vistorias" e indica ainda que apenas os profissionais das referidas empresas estão autorizados a esses trabalhos.
Vários moradores e empresários de Canelas e Vilar do Paraíso, em Vila Nova de Gaia, revelaram ao Correio da Manhã e à CMTV que os contactos de técnicos e pedidos de vistoria iniciaram já em julho, indicando que a linha de alta velocidade iria passar pelas suas habitações e empresas, implicando a sua demolição. Todo o projeto esteve em consulta pública até 11 de novembro. O Ministério das Infraestruturas sublinhou, numa resposta a questões do PCP, que as alterações propostas à linha de TGV em Gaia não são "decisões unilaterais" do consórcio e garantiu ter uma "posição firme da defesa do interesse público".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt