Tribunal a ruir e a meter água
Paredes e teto estão degradados.
Instalado num edifício velho e degradado, o Tribunal de Trabalho (TT) da Covilhã poderá não resistir ao próximo inverno. "As paredes e o teto estão a ruir, o que representa um risco de segurança. Quando chove temos inundações. Da última vez que isso aconteceu, vários processos da sala de arquivos ficaram danificados", conta José Avelino, Juiz-presidente do Tribunal da Comarca de Castelo Branco, que assegura que as instalações da secção do TT da Covilhã "estão entre as piores do país".
"É um edifício húmido e frio. Isso afeta muito quem cá trabalha e as pessoas que aqui têm de se deslocar para resolver os problemas", diz Sónia Neto, juíza da secção. Ligar o aquecimento também não é opção porque, explica, "o quadro elétrico está constantemente a desligar-se, o que também atrasa o procedimento de enviar despachos por via informática".
Com o inverno à porta, magistrados e funcionários temem que as condições se agravem ainda mais e que a estrutura não aguente.
O Ministério da Justiça e a Câmara Municipal estão a negociar a mudança para a antiga Casa dos Magistrados, ao lado do Tribunal Cível da Covilhã, mas as instalações estão ocupadas por uma associação de desenvolvimento rural que mantém um litígio com a autarquia pela cedência do espaço. "A Justiça irá decidir o caso a seu tempo mas, até lá, terá de ser encontrada uma solução, mesmo que provisória, para o Tribunal de Trabalho, uma vez que é impossível passar mais um inverno no atual edifício", remata José Avelino.
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