Um em cada três hospitais do SNS não realiza abortos. Foco é no interior e no Alentejo
Diferentes realidades do país ditam as disparidades.
O acesso ao aborto não está à mesma distância para todas as mulheres em Portugal e, em 15 anos, estagnou. De acordo com o Expresso desta quinta-feira, que cita dados da Direção-Geral da Saúde (DGS), um em cada três hospitais públicos não tem consulta de interrupção voluntária da gravidez (IVG), ou seja, 13 em cada 45 hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que não a disponibilizam.
As diferentes realidades do país ditam as disparidades. No interior localizam-se a maior parte destes hospitais e no Alentejo, em Beja a Portalegre, também escasseia o serviço, o que faz com as mulheres tenham de se dirigir a Lisboa ou a Faro, no Algarve. No Norte há 14 hospitais sem o serviço e na região centro, o serviço não é disponibilizado desde as Caldas da Rainha até Leiria. O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) combate esta ausência, recebendo mulheres do distrito, de Leiria, das Caldas da Rainha, de Aveiro, de Viseu e da Guarda. Também nos Açores faltam opções, revela o Expresso, destacando que apenas o Hospital da Horta, na ilha do Faial, tem consulta de IVG. No entanto, esta depende da "deslocação e disponibilidade de um médico especialista", lê-se.
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