"Uma médica disse para me preparar": Mãe de jovem deficiente que morreu após cirurgia apresenta queixa por negligência
Pais acusam hospitais de Coimbra e Figueira da Foz pela morte da filha. Carina, de 26 anos, teve alta no dia da operação.
A morte de Carina S., de 26 anos, portadora de paralisia cerebral, a sete de outubro, uma semana após ter sido submetida a uma cirurgia dentária, levou os seus pais a apresentar queixas por negligência contra o Hospital dos Covões, em Coimbra, onde a jovem foi operada, a 29 de setembro, e o da Figueira da Foz, onde morreu. A queixa foi formalizada no Ministério Público e nos livros de reclamações dos dois hospitais.
Para os pais, a cirurgia era algo simples e que acarretava poucos riscos. De tal forma que nem estranharam quando o Hospital dos Covões decidiu dar alta à jovem no próprio dia em que foi submetida à cirurgia.
Na sexta-feira, dia 30 de setembro, Carina não conseguiu comer. No dia seguinte, queixou-se de falta de ar e a mãe levou-a ao Hospital da Figueira da Foz. “A Carina foi auscultada por uma médica, que disse para me preparar. Nem percebi o que estava a dizer”, relata a mãe.
Entre gritos de pânico e ameaças de ação legal, o hospital decidiu internar Carina. Passou o resto do dia de sábado sem comer, e apenas no domingo, dia dois de outubro, recebeu soro, às 12h00. Morreu no dia sete, no Hospital da Figueira da Foz.
Ao CM, o Centro Hospitalar de Coimbra, que inclui o Hospital dos Covões, esclareceu que a cirurgia decorreu sem complicações. Já o Hospital da Figueira da Foz lamentou a morte ocorrida nos seus serviços e sublinhou que foram cumpridos todos os procedimentos de assistência hospitalar.
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