Moedas diz que chuva faz "parte das mudanças climáticas" e promete túneis de drenagem em Lisboa
"Temos de lutar para mudar esta situação", disse o presidente da Câmara de Lisboa.
O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), disse esta quinta-feira que as intensas chuvas que provocaram inundações na capital portuguesa fazem "parte das mudanças climáticas", e prometeu a construção de dois túneis de drenagem a partir de março do próximo ano.
"Foi uma noite muito dificil, tivemos mais de 300 ocorrências em Lisboa", começou por dizer moedas em conferência de imprensa, depois do caos que assolou a cidade de Lisboa. "Precisamos de uma obra estrutural em Lisboa que mude esta situação. As obras do grande túnel de drenagem começam em março", adiantou o presidente da câmara.
Carlos Moedas referiu ainda que a obra vai ser "muito grande vai ter impacto na mobilidade da cidade" e pediu aos lisboetas "paciência" porque "a construção dos túneis de drenagem vai afetar a vida dos moradores, mas é necessária".
"Estamos a analisar todos os danos, são fenómenos extremos, não sabemos valor dos danos fisicos", avançou o autarca.
Antes de terminar, Moedas fez um último pedido à população: "Muitas pessoas sentiram que podiam arriscar. Peço a todos, se isto voltar a acontecer, não arrisquem [sair à rua] para evitarem situações de perigo".
Carlos Moedas já tinha falado anteriormente aos jornalistas e disse que "as chuvas intensas fazem parte das mudanças climáticas".
"As mudanças climáticas levam-nos a acreditar que estas mudanças são terríveis. Temos de lutar para mudar esta situação e foi por isso que hoje [quarta-feira] aprovámos na Assembleia Municipal todo o orçamento que vai permitir fazer os grandes túneis de drenagem", adiantou à imprensa.
Segundo Carlos Moedas, a obra dos túneis de drenagem já se fala há 20 anos.
"(...) Nós consignámos a obra. Vai começar em março. Vamos começar a escavar este túnel que vai estar a 70 metros de profundidade e que levará todas as águas da bacia até Santa Apolónia. Vamos evitar estas cheias de uma vez por todas", salientou.
"É uma obra que vem de trás, mas agora sim vamos começá-la. Temos cá as máquinas, temos tudo o que é necessário. Vamos arrancar já", acrescentou, revelando que será construído "um que vai de Campolide até Santa Apolónia e outro que vai de Chelas ao Beato".
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