Estudo indica que o Oceano Ártico pode ficar sem gelo num espaço de 10 anos
Cientistas revelam que gelo derreteu mais do que o habitual no verão e voltou a congelar de forma mais reduzida no inverno.
O gelo marinho do oceano Ártico diminui naturalmente no verão e volta a congelar no inverno, mas um novo estudo concluiu que a região poderá ficar "sem gelo" em apenas 10 anos, avança o Daily Mail.
Uma equipa de cientistas da Universidade do Colorado, em Boulder, EUA, revelou que o gelo derreteu mais do que o habitual no verão e voltou a congelar de forma mais reduzida no inverno. A investigação conclui que o primeiro período sem gelo no Ártico poderá ocorrer ainda nesta década, diminuindo cerca de 25 por cento.
Segundo o jornal, menos gelo significa que os oceanos vão de forma mais rápida, derretendo mais calotas polares e contribuindo para as ondas de calor na terra. O gelo marinho atinge normalmente a sua menor extensão em meados de setembro, depois de o calor do verão o ter derretido e antes de começar a congelar novamente.
Tanto o gelo do verão como o do inverno estão a ficar mais pequenos, segundo a NASA.
A 19 de setembro de 2023, o Ártico registou a sua sexta menor extensão mínima de gelo desde que a NASA começou a monitorizá-la com satélites. Na mesma altura, no polo sul, quando o gelo deveria estar no seu pico, a NASA registou o menor máximo da região em toda a história.
O gelo marinho do Ártico tem vindo a diminuir desde, pelo menos, 1978, altura em que a NASA começou a observá-lo com satélites.
Com base na nova análise, os autores do estudo prevêm que as primeiras condições sem gelo poderão ocorrer em setembro, algures na década de 2020 ou 2030.
Em 2067, prevê que o Ártico estará sem gelo, não apenas no pico de setembro, mas também em agosto e outubro.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt