Município de Ponta Delgada acolhe sem-abrigo em pavilhão devido à passagem do ciclone Gabrielle

Segundo a nota, no interior do pavilhão "será criado um abrigo temporário, com disponibilização de refeições quentes, balneários, instalações sanitárias e acompanhamento técnico".

25 de setembro de 2025 às 19:09
Sem abrigo Foto: Getty Images
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A Câmara Municipal de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, determinou esta quinta-feira abrir o Pavilhão Carlos Silveira para acolher durante a próxima noite "cidadãos em risco de exclusão social e pessoas em situação de maior vulnerabilidade".

Em comunicado, a autarquia referiu que o pavilhão acolherá estes cidadãos até às 08:00 locais (09:00 em Lisboa), de sexta-feira.

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A medida "visa acolher e garantir condições de conforto e segurança para todos os cidadãos sem teto durante a passagem do ciclone Gabrielle", justificou.

Segundo a nota, no interior do pavilhão "será criado um abrigo temporário, com disponibilização de refeições quentes, balneários, instalações sanitárias e acompanhamento técnico em articulação com os serviços municipais de ação social e proteção civil".

"Num momento em que se prevê a ocorrência de fenómenos meteorológicos extremos, é nossa responsabilidade garantir a segurança e o bem-estar de todos, em especial dos que mais precisam. Este é um esforço conjunto, que envolve várias instituições, para assegurar condições dignas e seguras à nossa população mais vulnerável", referiu o presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Pedro Nascimento Cabral, citado no comunicado.

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A autarquia referiu que o Serviço Municipal de Proteção Civil "encontra-se em prontidão e já implementou diversas medidas preventivas face à aproximação do ciclone tropical Gabrielle".

"Entre as ações realizadas destacam-se a revisão das linhas de água, através da limpeza de valas, sarjetas, sumidouros e rede de drenagem de águas pluviais, de forma a reduzir riscos de inundações, bem como a monitorização preventiva das obras em curso no concelho, tendo sido transmitidas recomendações às empresas de construção para baixarem a altura das gruas e verificarem a segurança de andaimes e estaleiros", explicou.

Os funcionários municipais afetos às equipas de manutenção da rede viária "encontram-se mobilizados e em estado de prontidão, tendo igualmente sido estabelecido contacto com as 24 juntas de freguesia para garantir uma resposta articulada em todo o território concelhio".

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"Foram ainda emitidas instruções para assegurar a redundância dos sistemas de comunicação, prevenindo falhas na circulação de informação", disse o município de Ponta Delgada.

O ciclone tropical Gabrielle deverá passar pelos Açores como furacão de categoria 1 na escala de Saffir-Simpson (escala de 1 a 5, em que 5 é a categoria mais grave), provocando um agravamento do estado do tempo a partir do final do dia desta quinta-feira.

No Grupo Central (Pico, Faial, Graciosa, Terceira e São Jorge) preveem-se "precipitação forte, vento com rajadas na ordem dos 200 quilómetros/hora de sul, a rodar para noroeste, e agitação marítima com ondas entre os oito e 10 metros de altura significativa, podendo a onda máxima atingir os 14 a 18 metros".

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No grupo Ocidental (Flores e Corvo) também haverá precipitação forte e rajadas até 130 quilómetros/hora, com ondulação idêntica à do grupo Central.

Estes dois grupos estão com vários avisos vermelhos do IPMA -- o mais grave numa escala de três -- entre o final do dia de hoje e a manhã de sexta-feira.

Nas ilhas de São Miguel e Santa Maria (grupo Oriental) são esperadas "precipitação por vezes forte", rajadas entre 100 e 120 quilómetros/hora, e ondas até nove metros de altura significativa.

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O Governo Regional já declarou situação de alerta, entre as 18:00 locais de hoje e as 18:00 de sexta-feira, nos grupos Central e Ocidental, proibindo determinadas atividades, devido à passagem do ciclone tropical.

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