Setor industrial é o segundo maior emissor de gases com efeito de estufa.
A descarbonização da indústria química vai absorver um investimento de 30 mil milhões de euros para atingir, até 2050, a neutralidade das emissões de gases com efeitos nocivos, admite a APQuímica - Associação Portuguesa da Indústria Química, Petroquímica e de Refinação.
Um roteiro para atingir a neutralidade carbónica do setor, formado por quatro cenários complementares de descarbonização e transição energética, vai estar esta quarta-feira em debate no complexo químico de Estarreja, estando prevista a presença do ministro da Economia e da Coesão Territorial, Castro Almeida.
Durante o evento, intitulado "Competitividade & Descarbonização -- o Futuro da Indústria Química Portuguesa", que é organizado pela APQuímica, será feita a apresentação de um estudo sobre a competitividade da indústria química, petroquímica e de refinação nacional, realizado num ambiente de alterações geopolíticas e económicas que colocam forte pressão sobre a competitividade da indústria a nível europeu.
O estudo propõe que Portugal integre a 'Critical Chemicals Alliance', criada para discutir os riscos de encerramentos e os desafios comerciais do setor químico europeu, e que os 'clusters' químicos de Sines, Estarreja e Lisboa/Setúbal sejam integrados nos 'sites' críticos a preservar dentro da União Europeia (UE).
"Há cinco anos, Portugal assumiu o compromisso de avançar para a neutralidade carbónica em 2050", disse à agência Lusa a diretora geral da APQuímica, Carla Pedro, explicando que a elaboração de um roteiro surgiu da necessidade de "discutir, apontar os vários caminhos e dar coerência ao percurso que as empresas terão de fazer para alcançar essa meta".
Neste setor industrial, que é o segundo maior emissor de gases com efeito de estufa, "já ninguém discute o que é preciso fazer, mas sim como é que chegaremos lá", acrescenta a responsável.
Partindo do pressuposto de que não existe uma fórmula única para descarbonizar o setor químico, formado por indústrias muito diferentes, o roteiro traça quatro cenários para conduzir as empresas à neutralidade carbónica.
Esses quatro cenários alternativos são a eletrificação, hidrogénio verde e outros gases renováveis, economia circular e biomassa, e captura, utilização e armazenamento de carbono.
Já o estudo, focado na competitividade das empresas durante a fase de transição energética, num contexto de incerteza comercial, sublinha que o fornecimento de energia verde, a custo competitivo, é essencial para o futuro do setor.
A recuperação de mecanismos nacionais, como o "mecanismo ibérico" e o "Apoiar Gás", para minimizar oscilações dos preços da energia, o reforço da infraestrutura de rede e dos pontos de acesso para instalações industriais, uma maior rapidez e simplificação dos licenciamentos e uma "regulação simples, estável e previsível" são também essenciais para garantir o futuro do setor.
"O estudo ajuda-nos a perceber quais são os fatores de competitividade em Portugal que nos podem ajudar a dialogar no plano europeu. Vamos tentar trazer a jogo estes fatores para conseguir manter a indústria química nacional", acrescentou.
Além do ministro da Economia, também a ministra do Ambiente, Graça Carvalho, vai receber o estudo da APQuímica.
Em Portugal, a indústria química, petroquímica e da refinação representa 12 a 14% das exportações nacionais, realizando vendas para 181 países, segundo dados da APQuímica.
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