Pedras na vesícula: cirurgia é a única solução

Podem não apresentar qualquer sintoma, como podem obrigar a um internamento de urgência. A cirurgia é o método por excelência para tratar a litíase biliar, popularmente conhecida como pedras na vesícula. Através da extração do órgão – um procedimento pouco invasivo e denominado colecistectomia – resolve-se o problema. Depois da cirurgia, a recuperação tende a ser rápida e muitos doentes não sentem qualquer efeito da ausência da vesícula.

"Algumas pessoas podem sentir alguma dificuldade digestiva ou uma diferença no trânsito intestinal, que se normaliza ao fim de dois ou três meses, mas muitas não sentem qualquer diferença", explica ao CM Nobre Leitão, médico gastrenterologista, salientando que "a cirurgia é a única opção" para o problema.

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O procedimento é "frequente e rápido, com um bom pós-operatório". A alta ocorre, normalmente, "um a dois dias após a intervenção", refere o especialista, sublinhando que este cenário pode ser alterado por alguns fatores de risco "como doenças associadas ou a idade do doente". Nobre Leitão realça ainda que "a cirurgia com a vesícula infetada, que se trata de um caso de urgência, distingue-se sempre de uma operação prevista".

As pedras na vesícula podem ser assintomáticas. Nos casos em que se manifestam os sintomas, o mais frequente é a cólica biliar. "Trata- -se de uma dor intensa e súbita, na zona a que as pessoas se referem como ‘boca do estômago’", explica Nobre Leitão. Segue-se a infeção aguda da vesícula e a pancreatite aguda, uma situação de maior gravidade. Por último, pode surgir a icterícia (tom amarelado na pele) por haver passagem da bílis para o sangue.