Estruturas sindicais da UGT anunciaram que vão emitir "um pré-aviso de greve conjunto para 14 e 15 de fevereiro".
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A Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) e a Federação Nacional de Educação (FNE) anunciaram esta segunda-feira que vão entregar um pré-aviso de greve para 14 e 15 de fevereiro, exigindo aumentos salariais para todos os trabalhadores.
As duas estruturas sindicais da UGT anunciaram que vão emitir "um pré-aviso de greve conjunto para 14 e 15 de fevereiro com o objetivo de fazer uma grande jornada de luta", disse o dirigente da FESAP, José Abraão, em declarações à Lusa.
Segundo explicou o sindicalista, a greve convocada tem como objetivo permitir a participação no dia 14 dos trabalhadores numa manifestação de ativistas, delegados e dirigentes sindicais que irá ocorrer nessa tarde em frente ao Ministério das Finanças, em Lisboa.
A greve de dois dias convocada pela FESAP e pela FNE surge depois de também a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, da CGTP, ter convocado uma paralisação para dia 15.
A FESAP já tinha ameaçado com a possibilidade de uma greve por mais de um dia.
"Conforme a FESAP sempre disse, um dia de protesto e de luta seria pouco face àquilo que é a gravidade da degradação dos serviços públicos e o abandono dos trabalhadores da administração pública", defendeu o dirigente da FESAP, que espera que "dia 15 seja um grande dia de luta, um grande dia de greve e de unidade na ação".
Em causa está a ausência de uma proposta do Governo de aumentos salariais para todos os funcionários públicos e as "injustiças" causadas pela lei que fixa a remuneração base da administração pública nos 635,07 euros, disse José Abraão.
O processo de negociação geral anual com o Ministério das Finanças começou em setembro mas neste momento "há uma mão vazia e outra cheia de nada", considerou o dirigente sindical.
José Abraão valorizou o facto de o Governo ter aumentado a primeira posição remuneratória, mas disse que o executivo fê-lo "de uma forma pouco pensada, gerando injustiças, contribuindo para que milhares de trabalhadores que já tinham direito aos 635 euros no dia 01 de janeiro tenham gasto dez pontos [da avaliação de desempenho] para ficar no salário mínimo nacional, embora tenham 20 e 30 anos de exercício de funções".
O sindicalista afirmou que na base do protesto está também o facto de existirem ainda 80 carreiras não revistas, entre as quais bombeiros, fiscais municipais, policias municipais, inspetores de trabalho e de segurança social.
"Isto é desmotivador, isto é preocupante", enfatizou José Abraão.
A ausência de respostas às reivindicações "conduzirá à continuação da luta, ficando desde já agendada a realização de uma concentração, junto da residência oficial do primeiro-ministro, para o dia 08 de março, sem prejuízo da adoção de outras ações e formas de luta que a FESAP e a FNE considerem necessárias", anunciaram ainda as duas federações em comunicado.
O dirigente da FNE, José Dias da Silva, considerou que "a profunda insatisfação [dos trabalhadores] tem de ter expressão", sublinhando que ao longo da legislatura "não houve nem a valorização dos trabalhadores nem a resolução de problemas sistematicamente identificados", como é o caso da falta de trabalhadores não docentes.
José Dias da Silva lamentou ainda que o Governo "continue a ignorar" a lei do Orçamento do Estado para que se inicie a negociação relativa à recuperação integral do tempo de serviço dos professores.
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