Material médico inclui 144 ventiladores e máscaras de proteção respiratória, destinados ao Sistema Nacional de Saúde (SNS).
Avião fretado pelo Estado aterra em Lisboa com 20 toneladas de equipamento médico
Um avião fretado pelo Estado português chegou este domingo a Lisboa com equipamento médico proveniente de Pequim, incluindo 144 ventiladores e máscaras de proteção respiratória destinados ao Sistema Nacional de Saúde, informou a embaixada portuguesa na China.
O Airbus A330-941, fretado à TAP, transportou um total de 20 toneladas e 160 metros cúbicos de carga médica, que inclui ainda viseiras e fatos de proteção, entre doações e compras do Estado português que se destinam a equipar os hospitais para o combate contra a epidemia do novo coronavírus.
O avião partiu de Pequim esta madrugada, depois de um "exercício diplomático intenso", que envolveu "diligências junto das autoridades e entidades doadoras para garantir todas as autorização necessárias", revelou à agência Lusa a embaixada.
A carga inclui equipamento médico doado pela EDP e o seu acionista chinês, a estatal China Three Gorges, pelos gigantes chineses da Internet Tencent e Alibaba, mas também por privados, como o treinador português Vitor Pereira, para além de aquisições feitas pelo Estado português.
A embaixada ressalvou que há mais carga para ser enviada, e que ultrapassa "largamente" a capacidade de um só avião, pelo que "serão precisos mais voos".
Esta semana, o embaixador português em Pequim, José Augusto Duarte, garantiu à agência Lusa que a encomenda de 500 ventiladores feita pelo Estado português a uma empresa chinesa "está a decorrer com segurança", e previu que a entrega será feita em 15 de abril.
"Temos feito um grande esforço relativamente aos ventiladores, que vão ser necessários, mas felizmente, por enquanto, ainda não estamos numa posição dramática. Temos ventiladores em Portugal suficientes para assistir na situação atual", disse.
No entanto, o diplomata lembrou que "há uma imensa procura de material que cria disfunções no mercado", numa altura em que a crise de saúde pública, que começou em Wuhan, no centro da China, se alastrou à Europa e aos Estados Unidos, resultando numa escassez global de ventiladores ou máscaras cirúrgicas.
A entrada em vigor, na quarta-feira passada, de um novo regime de certificação de exportações de material médico na China, depois de Holanda, Espanha ou França terem denunciado a importação de material defeituoso oriundo do país, arrisca tornar ainda mais difícil o abastecimento.
O Governo chinês passou a exigir documentação adicional às empresas do país para lhes permitir exportem equipamento médico, incluindo testes de deteção do novo coronavírus, máscaras, fatos de proteção ou termómetros de infravermelhos.
Numa declaração conjunta, o ministério chinês do Comércio e a Administração Geral das Alfândegas e a Administração Nacional de Produtos Médicos informaram que as empresas chinesas que exportam equipamento médico devem fornecer evidências de que os produtos são licenciados pelas autoridades do país e atendem aos padrões de qualidade dos países de destino.
As alfândegas chinesas só permitirão a saída de produtos com licença atribuída pelas autoridades da saúde.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 63 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 220 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, segundo o balanço feito este sábado pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 266 mortes, mais 20 do que na véspera (+8,1%), e 10.524 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 638 em relação a sexta-feira (+6,5%).
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