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Costa exige posição uniforme da União Europeia quanto à vacina e diz que se houver “berbicacho” há consequências na estratégia.
A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca poderá ser novamente suspensa, desta vez, pela Agência Europeia do Medicamento (EMA), e colocar o plano de vacinação português em risco. Uma possibilidade admitida pelo próprio António Costa, depois de o responsável pela estratégia de vacinação na EMA, Marco Cavaleri, ter assumido a existência de uma “ligação” entre a imunidade e a formação de coágulos no sangue.“A EMA tomará uma posição sobre essa vacina. É fundamental que haja uma posição uniforme no quadro da UE relativamente a cada uma das vacinas. Se houver um berbicacho terá inevitáveis consequências no processo de vacinação”, alerta o primeiro-ministro.Poucas horas depois das declarações de Cavaleri, a EMA esclareceu que ainda não chegou a nenhuma conclusão: “A decisão será anunciada no fim do encontro ainda a decorrer.” Ao que o CM apurou, estas reuniões vão durar até sexta-feira.“Até ao momento não existe nenhuma alteração formal conhecida da EMA relativamente à vacina da AstraZeneca. Na eventualidade de vir a acontecer alguma alteração, o plano [de vacinação] será reequacionado e adaptado em conformidade”, diz ao CM o comandante José Sousa Luís, da ‘task force’.A EMA está a analisar os casos de coágulos notificados por vários países. O primeiro a fazer soar os alarmes foi a Áustria, em março, quando uma pessoa sofreu uma trombose após tomar de uma dose da AstraZeneca. Faleceu dez dias depois.Vários países, incluindo Portugal, suspenderam então o uso da vacina.António Costa lembra que a vacinação na Europa foi “fortemente condicionada” pelos incumprimentos contratuais e que, “se houver restrições acrescidas, isso traduzir-se-á numa maior morosidade na forma de desenvolvimento do plano de vacinação”.Uma eventual suspensão da vacina da AstraZeneca esta semana colocaria em causa a imunização de 200 mil professores e auxiliares, agendada para o próximo fim de semana.Segundo o comandante José Sousa Luís, “existem 269 668 doses de vacina da AstraZeneca para serem administradas. Estima-se que no 2º trimestre cheguem cerca de 1,6 milhões de doses desta vacina”.
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