Protesto começou pouco depois das 18h30 no Largo de Camões e desceu até à Assembleia da República, em São Bento, num percurso efetuado em silêncio.
ASPP/PSP promete mais protestos caso Governo não resolva os problemas dos polícias
A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP) prometeu, esta quinta-feira, mais protestos para 2023, caso o Governo não responda às reivindicações dos polícias e não mude o paradigma da segurança interna.
"Esta manifestação pode ter soado a pouco e foi clarificadora que em 2023, caso o Governo não dê respostas, é preciso mobilizar mais os polícias para fazer jornadas de luta e obrigar o Governo a mudar o paradigma da segurança interna", disse aos jornalistas o presidente da ASPP/PSP, Paulo Santos, no final de uma manifestação que juntou em Lisboa cerca de um milhar de profissionais da polícia.
O protesto começou pouco depois das 18h30 no Largo de Camões e desceu até à Assembleia da República, em São Bento, num percurso efetuado em silêncio.
"O silêncio muitas vezes quer passar uma mensagem clara. Estamos numa situação complexa e era importante que o Governo percebesse que este silêncio pode trazer algum ruído no futuro", afirmou o sindicalista para justificar o silêncio do protesto.
O presidente e uma comitiva do Chega, com mais de uma dezena de pessoas, estiveram presentes no final da manifestação, junto ao parlamento, para dar apoio aos protestos dos polícias, mas não receberam um apoio caloroso por parte dos manifestantes.
Em declarações aos jornalistas, André Ventura disse que é "naturalmente presidente do Chega", mas estava na manifestação "como cidadão pela indignidade que este Governo tem feito às forças de segurança", frisando que tem apoiado os protestos da polícia "que são apartidárias".
"Estou aqui para defender as reivindicações deles de um orçamento que vai ser aprovada amanhã [sexta-feira]e que não corresponde aquilo que têm lutado tantos anos, acho que neste contexto específico que têm sido acusados de racistas e xenófobos e atacados por tantos quadrantes da sociedade, acho que tem de haver cidadãos, não apenas líderes políticos, que os defendam", disse.
Questionado se estava na manifestação como cidadão, depois da ASPP ter afirmado que não aceitava que nenhum partido tentasse instrumentalizar o protesto, André Ventura respondeu que "não deve haver interferência", devendo "estar assegurado que ambos tem fins diferentes e são independentes".
O presidente da ASPP, que não se cruzou com André Ventura no final do protesto, disse não se sentir "nada desconfortável" com a presença da comitiva do Chega.
"Idealizámos uma manifestação que começou no Largo Camões e concluímos a manifestação com o hino nacional, parece que é uma forma elevada de traduzir a nossa luta, depois aquilo que aconteceu no fim desconheço", precisou, salientando que, desde o início que a ASPP assumiu a posição na defesa dos profissionais da PSP e quer "dar enfoque às questões estruturais que estão afetar as populações, os profissionais e a instituição".
Este protesto dos polícias destinou-se a denunciar "os problemas estruturais e graves" da PSP e exigir ao Governo a resolução dos problemas.
Entre os problemas que levaram ao protesto em Lisboa constam os baixos salários, o envelhecimento do corpo policial, a pouca atratividade da profissão, a falta de efetivos, incapacidade operacional, saúde e pré-aposentação.
Alguns dos manifestantes empunharam bandeiras da ASPP/PSP e a encabeçar o protesto envergaram uma faixa onde se lia "Por todos", frase rodeada de imagens de punhos cerrados.
"O Governo tem branqueado os problemas e tem feito negociações que passam apenas por formalismos legais ou para dar a entender que estão a conversar com os sindicatos, descurando completamente uma abordagem séria, concreta e efetiva que possa resolver os problemas da PSP", concluiu Paulo Santos.
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