Portões abrem hoje em 60% das escolas do País.
Aulas começam para 1,3 milhões de alunos mas 'milhares' terão falta de professores
Cerca de 1,3 milhões de estudantes do 1.º ao 12.º anos começam, entre esta quinta-feira e a próxima segunda-feira, as aulas de mais um ano letivo em que "milhares de alunos" voltam a não ter todos os professores.
Tal como tem acontecido nos últimos anos, o regresso às aulas volta a ser marcado pela falta de professores em muitas escolas, em especial na área metropolitana de Lisboa, mas também em estabelecimentos de ensino do Alentejo e do Algarve.
O arranque do ano letivo acontece até segunda-feira, mas em 60% das escolas, os portões abrem hoje para receber os alunos e noutras 20% o regresso oficial às aulas acontece na sexta-feira.
"Nos primeiros dois dias, vamos ter 80% das escolas abertas e queria agradecer o esforço que os diretores fizeram para conseguir, tal como tínhamos desafiado, iniciar as aulas logo nos primeiros dias", disse à Lusa o ministro da Educação, Ciência e Inovação.
Apesar desse esforço, repete-se o problema que tem marcado o regresso às aulas nos últimos anos.
No início da semana, os resultados da segunda reserva de recrutamento deixaram 1.091 horários por preencher, a que se somam os horários diariamente disponibilizados através da contratação de escola, o último recurso disponível para o recrutamento de professores.
O cenário, admite Fernando Alexandre, poderá agravar-se nos próximos dias, com a necessidade de substituir professores que apresentam baixa médica.
As disciplinas com maior carência são Informática, com 86 horários por ocupar, Português (65 horários), Matemática (63 horários), Física e Química (53 horários) e História e Geografia (98 horários.
O número de professores, que rondava habitualmente os 150 mil, registou no ano letivo de 2022/2023 a sua primeira diminuição em muitos anos, com menos 0,55% nas escolas em relação ao ano anterior, segundo dados da Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Educação (DGEEC).
Para tentar reduzir o número de alunos sem aulas, o Governo apresentou este verão o plano "+ Aulas, + Sucesso", com um conjunto de medidas que vão desde a possibilidade de contratar professores aposentados com uma remuneração extra ou chamar bolseiros de doutoramento para dar aulas.
Além deste plano, o Governo aprovou um apoio de deslocação a professores colocados em escolas onde é difícil contratar, tendo também desenhado um novo concurso extraordinário, que irá colocar ainda durante o 1.º período esses docentes.
Já o número de alunos nas escolas portuguesas volta a aumentar este ano, graças à comunidade imigrantes, sendo esperados mais de 900 mil alunos do ensino básico e outros 400 mil do ensino secundário, segundo os últimos dados disponíveis no site da DGEEC.
Depois de décadas em que o número de alunos vinha diminuindo, o ano letivo de 2021/2022 marca uma viragem nessa tendência graças à chegada de alunos imigrantes, que atualmente já representam quase 14% do total de estudantes, revelou esta semana o ministro da Educação.
O ministro reconhece que este é um "desafio" para as escolas, uma vez que cerca de um terço das crianças e jovens não falam português, mas há já um programa aprovado esta semana em Conselho de Ministros para que os professores consigam integrar estes alunos.
A sessão solene de abertura do ano letivo vai realizar-se na Escola Secundária Alves Martins, em Viseu, e contará com a presença do ministro e dos secretários de estado da área da Educação, mas também com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e o primeiro-ministro, Luis Montenegro.
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