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Mais de 30 mil alunos ainda sem professores

Dois meses após o arranque do ano letivo, o problema da falta de docentes continua por resolver.

22 de novembro de 2024 às 01:30

Com dois meses de aulas ainda há 421 horários a concurso na plataforma de contratação de escola, segundo dados da Fenprof, que estima haver 30 450 alunos sem aulas a pelo menos uma disciplina. São dados que se têm mantido constantes desde a primeira semana de novembro, segundo a estrutura sindical, que aponta o “fraquíssimo sucesso” das medidas do Governo.

“Dos 1822 docentes colocados no concurso [extraordinário de vinculação em escolas carenciadas], 1182 já se encontram colocados, ou seja, 64,9% (quase 2/3), pelo que não contribuem para resolver o problema da falta de professores”, afirma a Fenprof, sublinhando que “só 640 dos que se vincularam não estavam já colocados em escolas públicas”.

Além disso, houve 487 vagas por ocupar no concurso, das quais 365 (75%) foram no quadro de zona pedagógica 45 que inclui os concelhos da grande Lisboa mais carenciados de docentes. Dos 1822 docentes colocados, metade (893) têm apenas habilitação própria (sem formação pedagógica), o que faz temer por uma redução da qualidade do ensino.

A estrutura sindical vai questionar o Governo sobre o impacto de medidas como o adiamento da aposentação, recrutamento de mestres e doutores e reconhecimento de habilitações de imigrantes, entre outras, que deveriam garantir mais 3200 novos docentes. Está em causa “um direito fundamental dos alunos e suas famílias”, avisa a estrutura sindical, exigindo que a profissão seja “efetivamente valorizada” para atrair mais candidatos.

QUARTOS METADE SEM CONTRATO

Metade dos estudantes deslocados do ensino superior vivem em quartos sem contrato de arrendamento, o que os impede de recorrer a apoios financeiros, revela um estudo do Edulog que estima um gasto mensal de 1000 euros.

ENSINO COMPUTAÇÃO INTEGRADA

As Ciências da Computação poderão integrar no próximo ano o ensino obrigatório, após cinco anos de testes em 24 escolas. A ideia é serem “ensinadas nos 12 anos de escolaridade”, diz a Associação para o Ensino da Computação.

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