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SIRESP com falhas 24 horas após apagão

Rede de comunicações de emergência continuava esta terça-feira com falhas em várias regiões. INEM também sofreu constrangimentos.

30 de abril de 2025 às 01:30
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SIRESP com falhas 24 horas após apagão

A rede SIRESP voltou a falhar em situação de emergência. Mais de 24 horas após o apagão, a rede de comunicações de emergência do Estado funcionava esta terça-feira com falhas nos comandos da PSP de Bragança, Braga, Porto, Portalegre e Coimbra, no INEM, e em corporações de bombeiros da região Norte. No dia do apagão, só 8 horas após a falha de energia em Portugal continental, é que a Proteção Civil emitiu o alerta laranja, numa altura em que a eletricidade já estava a ser reposta em vários locais do País.

“Foi emitido às 19h30 um Comunicado Técnico Operacional de incremento do Estado de Alerta Especial para nível laranja, para aumento da capacidade de resposta operacional, face ao previsível aumento de ocorrências no período da noite e madrugada”, explicou esta terça-feira a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. Ou seja, só após 8 horas de caos nas cidades e de falta de sistemas de comunicação, é que a ANEPC emitiu um alerta para os bombeiros, que, entre as 11h30 e as 20h00, responderam a mais de 2200 ocorrências a nível nacional.

Também o INEM sofreu constrangimentos, tendo ficado por atender 100 chamadas na segunda-feira, que acabaram por ser recuperadas pelo sistema de ‘call back’ do instituto. Ao longo do dia, foram recebidas 4576 chamadas e ativados 3877 meios de socorro. Esta terça-feira, o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, reconheceu as falhas do SIRESP – que já falhou noutras situações, como nos incêndios. “O SIRESP não funcionou a 100%, teve falhas. Mais uma vez. Andamos há décadas a falar do SIRESP e o SIRESP teve falhas.” Sobre o INEM, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, garantiu que “não ficou ninguém por socorrer”.

Na semana passada, o Governo decidiu suspender a extinção da empresa que gere o SIRESP, atribuindo a esta entidade uma indemnização até 19,5 milhões para que continue a funcionar este ano

PORMENORES

Tardou

Às 22h00 de segunda-feira, só faltava chegar energia a 4 das 89 subestações e estações de corte da REN: Portimão, Divor (Évora), Estremoz e Trafaria (Almada). A zona Oeste do concelho de Almada foi a última a ter energia reposta.

Marisco

Uma marisqueira de Portimão registou prejuízos a rondar os 15 mil euros, com marisco estragado, devido à falta de eletricidade durante 11 horas.

Lares sem comida

Devido à falta de energia, vários lares tiveram de pedir ajuda a vizinhos para alimentarem os idosos.

Transplante Rim

Uma operação de transplante renal cruzado entre Portugal e Espanha, prevista para esta terça-feira, teve de ser adiada para esta quinta-feira, disse o coordenador nacional de Transplantação.

OCORRÊNCIAS

Mortes em Espanha

Espanha está a investigar cinco mortes relacionadas com o apagão. Uma por falta de oxigénio, outra num incêndio e três intoxicados por monóxido de carbono.

Ferido em Braga

Um homem de 72 anos sofreu queimaduras graves, no rosto e nas mãos, quando tentava acender um fogão a gás, em Padim da Graça, Braga.

Atropelados

Uma criança de 3 anos, a mãe e um homem foram atropelados segunda-feira à tarde em Matosinhos, durante o apagão, tendo sofrido ferimentos ligeiros.

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