A edição de hoje
Falta de energia gera corrida por alimentos e papel higiénico de norte a sul. Enlatados, água engarrafada, pilhas e carvão entre os produtos mais procurados.
Água engarrafada, comida enlatada, pilhas, velas, lanternas, carvão, e, tal como no confinamento por causa da Covid-19, muito papel higiénico, mas também pão. Estes foram os bens mais procurados por milhares de portugueses em supermercados e mercearias ainda na tarde de segunda-feira, numa busca que continuou esta terça-feira ao longo do dia e que se estendeu aos postos de combustível, onde se registou uma corrida às bombas assim que a eletricidade foi reposta.
“Registou-se um pico de afluência às lojas, com um aumento significativo da procura por algumas categorias de produtos, no entanto, a operação funcionou sem incidentes a registar”, admitiu esta terça-feira fonte oficial do Continente. “Hoje, verificou-se um regresso à normalidade. Todas as lojas Continente abriram dentro dos horários previstos e estão em pleno funcionamento, sobretudo focadas na reposição de ‘stocks’”, adiantou o mesmo responsável.
Em muitas lojas, independentemente da dimensão, houve extensas filas, com os portugueses a tentar garantir alimentos ainda antes de se saber quanto tempo iria durar a falta de energia elétrica. E essa busca quase desesperada deixou muitas prateleiras vazias. Apesar da situação extremamente excecional, a grande maioria das mais de 2250 lojas dos membros da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) esteve aberta ao público, afirmou o seu responsável, Gonçalo Lobo Xavier, assinalando que a operação estava esta terça-feira normalizada, tendo sido possível proceder ao reabastecimento dos espaços. “Já estamos com a operação normal, conseguimos que fosse feito o reabastecimento das lojas e repor as prateleiras”, afirma Lobo Xavier.
Curiosamente, apesar das dificuldades nas comunicações, houve muita gente a fazer compras através da Internet. Segundo o Continente, nas entregas ao domicílio foram concretizados 80% dos serviços ainda na segunda-feira. Os restantes foram reagendados para as 48 horas seguintes.
Outros dos produtos mais procurados foram os rádios a pilhas, mas também as botijas de gás (mesmo que em formato de campismo) e sacos de carvão, usados para confecionar alimentos.
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