A edição de hoje
Orçamento do Estado deve incluir três milhões de euros para apoio às famílias de crianças com doenças oncológicas.
A torre da Universidade de Coimbra será iluminada na quinta, sexta e sábado, no âmbito da campanha nacional de sensibilização para o cancro pediátrico, que ocorre em Portugal e em todo o Mundo, designada por ‘Setembro Dourado’.
A iniciativa da associação Acreditar estende-se também à câmara municipal e à unidade local de saúde. Na quinta-feira, Rui Moreira Claro, deputado municipal de Coimbra, apresenta uma moção na assembleia municipal para que sejam sensibilizados os membros do Go- verno e da Assembleia da República para as dificuldades que os pais de crianças com doença oncológica enfrentam diariamente.
Todos os anos, cerca de 400 crianças e jovens são diagnosticados com cancro. “O cancro pediátrico não é raro, basta fazer uma deslocação a um IPO, o que é raro é falar dele”, alerta, ao CM, Rui Moreira Claro, pai de um menino com doença oncológica. A associação Acreditar procura que seja desbloqueada uma verba de cerca de três milhões de euros no próximo Orçamento do Estado, para que os pais que tenham de estar com baixa para apoiar os filhos nos tratamentos possam receber os salários na totalidade.
O movimento defende, também, que no apoio de inserção o menor não pode receber metade da verba destinada ao adulto. Rui Moreira Claro recorda que “a taxa de sobrevivência é de 80%, mas a doença deixa sequelas graves para a vida” e que “os tratamentos nas crianças resultam em efeitos secundários mais graves do que nos adultos”. “Nos últimos 30 anos foram criados 12 fármacos para as crianças enquanto para os adultos foram 200, precisamos de mais financiamento para a investigação”, concluiu.
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