Eventual devolução das unidades em avaliação.
A renda do Hospital de Santo António, no Porto, que funciona num edifício neoclássico, custa ao Estado 124 mil euros por mês, um valor que, por ano, representa uma despesa de cerca de um milhão e meio de euros. Este é um dos 27 hospitais do Serviço Nacional de Saúde que funcionam em imóveis na propriedade das Misericórdias. O valor anual das rendas pagas pelo Estado ascende a 4,1 milhões de euros.
No XIX Governo, o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho anunciou a entrega de 25 hospitais às Misericórdias e três anos depois, em 2014, o então ministro da Saúde, Paulo Macedo, assinou o acordo de devolução com a União das Misericórdias. Em dois hospitais, a renda deixou de ser paga: a mensalidade da unidade de Lamego (10 mil euros) foi suspensa após a inauguração do novo hospital e a renda da unidade de Peso da Régua (3527 euros) deixou de ser paga porque não foi faturada pela Misericórdia.
As rendas mensais das unidades de Gaia e Espinho custam cerca de 29 mil euros e o Hospital de Évora custa 14 mil euros.
Valores que levam o deputado Moisés Ferreira, do Bloco de Esquerda, a considerar "um erro" a entrega dos hospitais às Misericórdias por "comprometer" a prestação dos cuidados de saúde às populações. Ao CM, fonte do gabinete do Ministério da Saúde afirmou que a tutela está a "estudar o assunto".
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