A edição de hoje
O mês passado foi o 3.º junho mais quente dos últimos 94 anos.
82 mortes em excesso em Portugal nos dias de maior calor
Nos últimos sete dias registaram-se 82 óbitos em excesso, de acordo com os dados do Portal da Vigilância da Mortalidade, da DGS. Foram dias de calor extremo em praticamente todo o território continental, sendo que em 30 de junho - dia seguinte ao recorde de temperatura máxima no País para o mês de junho - houve 358 óbitos, quando o limite de base é 276. O excesso de mortalidade afetou sobretudo as faixas etárias dos 65 e mais anos - na faixa acima dos 85 anos há 3 dias com registo de excesso de mortalidade, de 30 de junho a 2 de julho.
Os dias com excesso de mortalidade, que poderá estar associado ao calor extremo, foram os mais quentes do ano, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera. O mês passado foi o 3.º junho mais quente dos últimos 94 anos (desde 1931), com 22.49ºC de média de temperatura do ar (mais 2.14ºC acima do normal). A média de temperatura máxima foi de 29.57ºC, sendo que a média da temperatura mínima foi de 15.41ºC.
No dia 29 bateu-se o recorde de temperatura máxima em junho: 46.6ºC em Mora. Nesse dia a cidade de Portalegre registou uma mínima de 30.7ºC. Em junho houve duas ondas de calor, entre 15 e 20, e de 27 até à última quarta-feira, 2 de julho. Em sete estações meteorológicas registaram-se novos recordes de temperatura máxima para junho, sendo que em 24 estações os termómetros subiram acima dos 40ºC durante as ondas de calor.
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