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Agricultores de Évora e Beja asseguram toneladas de alimentos para animais

Portugal continental foi afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão em julho e agosto, sobretudo nas regiões norte e centro.

01 de setembro de 2025 às 17:34

Uma associação agrícola de Évora já assegurou 450 toneladas de alimentos para animais de agricultores atingidos pelos incêndios no norte e centro do país, enquanto outra de Beja tem 20 associados prontos a fornecer ajuda alimentar.

Da sede da Associação dos Jovens Agricultores do Sul (AJASUL), em Évora, indicou esta segunda-feira à agência Lusa o seu presidente, Diogo Vasconcelos, já seguiram para vários concelhos das regiões Norte e Centro cerca de 180 toneladas de palha e feno para os animais.

"Já angariámos entre os nossos sócios cerca de 400 toneladas de feno e palha. Dessas, já enviámos umas 170 ou 180 para cima, temos mais 70 para enviar e, agora, estamos a apurar o que podemos enviar mais", precisou.

Assinalando que "ainda falta muito tempo para haver no campo comida para os animais", o responsável salientou que, da quantidade de feno e palha doada pelos associados, a AJASUL ainda tem para entregar 150 toneladas.

Diogo Vasconcelos realçou que sócios e outras pessoas também doaram dinheiro à associação com vista a ajudar os agricultores que ficaram sem comida para os animais, o que serviu para comprar 20 toneladas de ração.

"Não mandamos a ração, compramos aos distribuidores locais" e, depois, pessoas ligadas às associações de agricultores levantam e entregam a quem precisa, referiu, acrescentando que associação ainda tem verba para mais 30 toneladas de ração.

Segundo a AJASUL, a ajuda alimentar já chegou ao Fundão e Covilhã, distrito de Castelo Branco, Almeida, Pinhel e Sabugal, distrito da Guarda, e, esta semana, chega a Mirandela, distrito de Bragança, e Ponte da Barca, distrito de Viana do Castelo.

Também a ACOS, Associação de Agricultores do Sul, de Beja, revelou esta segunda-feira ter lançado, em 20 de agosto, uma campanha de solidariedade para com os agricultores das zonas afetadas pelos incêndios, no âmbito da qual está a angariar alimentos para o gado.

"A campanha, com os contributos dos associados da ACOS, consiste maioritariamente na angariação de palha e feno, produtos que são depois transportados, com o apoio da CAP [Confederação dos Agricultores de Portugal] e de municípios daquelas zonas, para organizações agrícolas locais", frisou.

Contactado pela Lusa, o presidente da ACOS, Rui Garrido, disse que cerca de 20 associados já se mostraram disponíveis para doar alimentação animal, que ainda não foi enviada para o Norte e Centro devido às "grandes dificuldades de transporte".

"Não se consegue arranjar transporte para levar os alimentos e, em vez de estarmos a concentrar aqui, temos um inventário, que é já muito grande, dos nossos associados que têm fenos e palhas para doar", salientou.

Rui Garrido explicou que as dificuldades de transporte estão relacionadas com as campanhas do tomate e da amêndoa na região, prevendo que a primeira entrega de palha e feno possa seguir viagem ainda esta semana.

Esta ajuda alimentar aos animais nas zonas afetadas pelos incêndios surge depois de um ofício enviado pela CAP a apelar à solidariedade do movimento associativo.

Portugal continental foi afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão em julho e agosto, sobretudo nas regiões norte e centro.

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