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Alcoutim está sem médico de família há 2 meses

Presidente da autarquia mostra-se indignado com a morosidade na resolução do problema.

29 de fevereiro de 2016 às 19:53

A Câmara de Alcoutim alertou esta segunda-feira para a inexistência de médico de família naquela vila, situação que se prolonga há mais de dois meses e que afeta a prestação de cuidados de saúde primários em todo o concelho.

Em comunicado, o presidente da autarquia, Osvaldo Gonçalves, mostrou-se indignado com a morosidade na resolução do problema, questionando se haverá, para além de si, alguém "verdadeiramente preocupado com a prestação de cuidados de saúde primários à população" do concelho, dispersa por mais de 100 povoações.

Contactada pela Lusa, fonte da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve indicou apenas que a prestação desses serviços médicos foi adjudicada "durante a passada semana" e que se prevê que seja colocado um médico na Unidade de Saúde Familiar (USF) de Alcoutim "dentro de poucos dias".

A mesma fonte acrescentou que, enquanto a colocação não se verificar, a ARS/Algarve assegurará os serviços médicos através do destacamento de um médico do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Sotavento, "sem comprometer a prestação de cuidados aos utentes que pertencem aos outros centros de saúde daquele agrupamento".

Segundo a autarquia, a situação remonta a outubro de 2015, quando "infortúnios vários" comprometeram a assiduidade dos dois médicos que asseguravam esse serviço, tendo o concelho ficado dependente do único médico disponível, colocado a mais de 30 quilómetros de Alcoutim, na Extensão de Saúde de Martim Longo.

Após diligências por parte da Câmara, a ARS/Algarve recorreu à prestação de serviços de uma empresa, colocando uma médica "que cumpria integralmente os requisitos" para desempenhar aquelas funções. A solução era, no entanto, provisória e dependia de um novo procedimento com a empresa prestadora de serviços.

Segundo a autarquia, o problema da falta de médico recomeçou no início do ano, em janeiro, "ora por falta de verba para contratar, ora por falta de autorização da despesa por parte do Ministério da Finanças, num processo moroso e burocrático".

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