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Aparelho deteta arritmia cardíaca

Hospital de Santo António, no Porto, foi dos primeiros do País a realizar o implante de microdispositivos de monitorização cardíaca. Dispositivo tem uma duração de três anos.

23 de março de 2014 às 16:16

É um microdispositivo usado na monitorização cardíaca e tem por objetivo detetar as arritmias (alterações do batimento cardíaco). Trata-se de uma melhor capacidade de diagnóstico dos problemas do coração que não eram reconhecidos pelos métodos disponíveis. Chama-se detetor de eventos subcutâneo (linq) e já está a ser utilizado no Hospital de Santo António, no Porto, um dos primeiros do País a realizar este implante.

Esta novidade no diagnóstico cardíaco já é realidade desde o mês passado. "É a primeira vez no País que implantamos um sistema com estas características", começa por explicar Hipólito Reis, responsável pela Unidade de Arritmologia do Santo António.

Até aqui os dispositivos utilizados para monitorização cardíaca consistiam num detetor de eventos (reveal). "A diferença em relação ao reveal é o tamanho (o linq é 87% menor), maior facilidade de colocação (pode ser colocado fora do bloco), precisão do registo e possibilidade de monitorizar à distância. A informação é, assim, continuamente disponibilizada ao médico", adianta. O linq tem um sistema de monitorização remota (wireless) que permite, mesmo com o paciente em casa, enviar notificações - para telemóvel ou internet - à equipa médica quando se registam arritmias cardíacas.

"É para saber o que está na causa dos sintomas: palpitações, cansaço, falta de ar, síncope (perda de consciência) e morte súbita", acrescenta Hipólito Reis. Assim, consegue-se correlacionar os sintomas com a presença (ou ausência) de arritmias cardíacas, permitindo um diagnóstico mais preciso e um tratamento mais específico de eventuais alterações do ritmo cardíaco. O mecanismo tem ainda outra vantagem: "Pode ajudar a evitar a morte súbita cardíaca (paragem cardiorrespiratória de causa arrítmica) ao evitar precocemente arritmias potencialmente fatais. A morte súbita é um evento relativamente frequente, este aparelho é um auxiliar brutal no diagnóstico", adianta o especialista. O dispositivo tem uma duração contínua de três anos. "Para situações em que a ocorrência é rara, mas não deixa de poder ser grave, existe, na atualidade, a possibilidade de uma monitorização mais prolongada que pode ir até aos três anos. Daí a importância na correlação entre queixas do doente e a alteração do ritmo cardíaco", conclui.

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