Estes e outros problemas deverão ser debatidos no próximo Conselho Regional de Bombeiros.
O presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP), Fernando Curto, alertou esta quarta-feira o presidente da Proteção Civil dos Açores para a falta de efetivos nas corporações da região, propondo a criação de equipas de intervenção permanentes.
"Entendemos que há muito poucos efetivos nas corporações. A resposta ao socorro pode ficar deficitária, havendo em simultâneo várias iniciativas, porque não há bombeiros que satisfaçam os pedidos que estão a acontecer", adiantou, em declarações à Lusa.
O presidente da ANBP e o presidente do Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais reuniram-se esta quarta-feira, em Angra do Heroísmo, com o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), Eduardo Faria, que tomou posse em março.
Segundo Fernando Curto, "se houver dois ou três eventos em simultâneo", em algumas ilhas, "não há meios suficientes" para dar resposta e o número de bombeiros voluntários também é cada vez mais reduzido.
"A ideia é ter bombeiros que possam corresponder, distribuídos por turno, à primeira intervenção. E aí a situação fica mais ou menos salvaguardada, se depois tivermos bombeiros voluntários que possam coadjuvar-nos", salientou.
Questionado sobre como resolver o problema, o presidente da ANBP propôs a criação de equipas de intervenção permanentes, à semelhança do que existe no continente português.
"São equipas de bombeiros profissionais, pagas a 50% pelas câmaras municipais e 50% pelo Serviço Regional de Proteção Civil, no sentido de poderem as associação dispor de mais meios humanos", adiantou.
Fernando Curto considerou ainda necessário clarificar a situação da carreira e da criação do estatuto do bombeiro profissional dos Açores e rever a uniformização dos procedimentos dos bombeiros profissionais, como a situação da aposentação.
"Temos muitos homens e mulheres que estão já com uma longevidade muito grande e que se vão aposentar brevemente", alertou.
À saída do encontro com Eduardo Faria, o presidente da associação, que reivindicando também a representação da ANBP no Conselho Regional de Bombeiros, disse que a reunião correu "muito bem" e que as preocupações da ANBP foram "atendidas".
"Ficamos satisfeitos e consideramos que podemos a partir de agora trabalhar com o Serviço Regional de Proteção Civil", frisou.
Questionado pela Lusa, o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores admitiu que as preocupações levantadas na reunião são comuns às corporações e associações da região.
"A nossa intenção é colaborar naquilo que estiver ao nosso alcance e, mesmo junto da tutela, estas temáticas já estão a ser analisadas", salientou.
Segundo Eduardo Faria, a falta de meios humanos "não é um problema que se resolva de um ano para o outro", mas a Proteção Civil dos Açores está a "analisar a situação".
"Sabemos das preocupações dos bombeiros. Há dificuldades no recrutamento de voluntários. Há falta de incentivos. Uma das possibilidades era trabalharmos num conjunto de incentivos, que teria de passar pela ajuda das câmaras, para fazer com que os jovens se juntem a esta causa. Não tem sido fácil. A nossa preocupação é que isto possa afetar a resposta e a capacidade operacional das corporações", apontou.
Quanto aos meios físicos, disse, há "intenção de reforçar as associações principalmente com ambulâncias de todo o terreno", através do recurso a fundos comunitários.
Estes e outros problemas deverão ser debatidos no próximo Conselho Regional de Bombeiros, que segundo o presidente do SRPCBA deverá ocorrer em setembro.
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