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Atraso nas vacinas Covid ameaça verão e coloca imunidade de grupo em risco

AstraZeneca vai entregar menos 2 milhões de doses, atrasando a imunidade de grupo e originando um verão com restrições.

25 de fevereiro de 2021 às 01:30
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Atraso nas vacinas Covid ameaça verão e coloca imunidade de grupo em risco

Os atrasos na entrega de vacinas contra a Covid-19 , por parte das farmacêuticas, colocam em causa o verão, já que a imunidade de grupo não deverá ser atingida (70% da população imunizada). Sem uma grande parte da população protegida, é expectável que o País mantenha algumas restrições nas férias grandes, ou seja, durante a época balnear, a exemplo do que aconteceu o ano passado (ver caixa ao lado).

Depois de ter anunciado, segunda-feira, que a imunidade de grupo seria atingida em meados de agosto, ontem, Gouveia e Melo, coordenador do plano de vacinação, recuou. “O facto de a AstraZeneca diminuir para metade as entregas [a nível europeu] implica que, no segundo trimestre, em vez de chegarem a Portugal 10 milhões de vacinas, chegarão 8 milhões. Isto tem implicação no prazo para atingir a meta dos 70%. Esse prazo seria no verão, mas se houver mais cortes será para lá do fim do verão. A meta está totalmente dependente das vacinas que vão chegar”, explicou na Comissão de Saúde.

O objetivo é vacinar 100 mil pessoas, por dia, a partir de abril. Para isso, a ‘task force’ conta com a ajuda das autarquias e das Administrações de Saúde. Mas se os atrasos persistirem a estratégia será alterada. “Devemos estar abertos a fazer um novo plano”, sublinha o responsável. Para já, a solução é alargar o período entre as duas tomas da vacina (é de 21 dias, mas pode chegar aos 40), abrindo a possibilidade de “vacinar mais pessoas frágeis”. Segundo Gouveia e Melo, esta hipótese permite a imunização de 200 mil pessoas antecipadamente. A par desta mudança, os estudantes envolvidos no combate à pandemia vão ser priorizados. “Quem é obrigado a combater tem de ter instrumentos de combate”, afirmou o responsável.

Assim que chegar stock suficiente para a vacinação em massa, Gouveia e Melo admite a contratação de mais profissionais de saúde, desde logo mais enfermeiros, “para fazer processos de vacinação rápida nos novos centros”.

nas praias deverá 

Os critérios para aliviar restrições foram debatidos na segunda-feira, no Infarmed, e os especialistas ouvidos foram claros: ainda que o número de novos casos, óbitos e internamentos seja baixo, as restrições terão de se manter, por mínimas que sejam, até que exista imunidade de grupo, devido à existência de variantes, como a do Reino Unido, de rápida transmissibilidade.Com a proteção da população a ser adiada para o final do verão, isto significa que a estação terá provavelmente medidas semelhantes às do ano passado: o uso de máscara obrigatório, distância de 1,5 metros entre toalhas e 3 metros entre chapéus nas praias; semáforos para quantificar a ocupação do areal; estabelecimentos como restaurantes, cafés e pastelarias com lotação de 50% e horário reduzido; serviços públicos com marcação; e lotação dos transportes públicos a dois terços, entre outras.

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