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Bactérias estão sem controlo

Diagnóstico incorreto da infeção pode levar à morte dos doentes.

26 de agosto de 2015 às 08:12

Cerca de 40 mil doentes hospitalizados na Europa não têm um correto diagnóstico à infeção pela bactéria Clostridium difficile. Esta é a conclusão de um estudo que envolveu 482 hospitais (11 portugueses) de 20 países da Europa, e que levou a Direção-Geral de Saúde e o Instituto Ricardo Jorge a emitir um conjunto de normas para harmonizar métodos de diagnóstico.

"A infeção por Clostridium difficile pode levar, em estados avançados da doença, a uma inflamação grave do intestino, com perfuração grave deste órgão, e pode até levar à morte do doente, pelo que é muito importante que o diagnóstico seja correta e atempadamente feito", explica ao CM Mónica Oleastro, investigadora e coordenadora nacional do estudo.

Esta infeção está associada a uma exposição prévia a antibióticos, e afeta, sobretudo, doentes internados que têm o sistema imunitário enfraquecido. "O grupo de risco é o doente internado com múltiplas doenças, debilitado e que toma antibióticos. Esta é uma infeção intestinal que vai tirar partido do desequilíbrio da flora do intestino para se multiplicar e causar doença e vai aproveitar-se disso", frisa.

Na Europa, diz o estudo, 23 por cento dos casos não foram diagnosticados pelos hospitais.

Embora Portugal referisse uma das mais baixas taxas de incidência da doença, com 2,9 casos por 10 mil internamentos, este estudo mostrou um valor superior, de 19,3 casos por 10 mil internamentos, ainda assim situado na média europeia.

Cerca de 25% dos doentes com esta infeção sofrem recorrência no espaço de um mês.

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