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BE/Açores diz que pagamento de salários no setor social não pode ser colocado em causa

Falta de pagamentos deve-se alegadamente ao atraso na assinatura de contratos de financiamento com a Segurança Social.

11 de novembro de 2025 às 15:50

O BE/Açores considerou esta terça-feira "inadmissível" que o pagamento de salários e 14.º mês aos trabalhadores das instituições sociais e Misericórdias possa estar em causa, por alegado atraso na assinatura de contratos de financiamento com a Segurança Social.

"O pagamento de salários não pode, de modo algum, ser colocado em causa, por qualquer atraso que possa existir", alertou esta terça-feira o partido em comunicado.

A direção da URMA - União Regional de Misericórdias dos Açores, indicou, na segunda-feira, em comunicado, que as Misericórdias da região estiveram reunidas em Assembleia Geral Ordinária, no sábado, e "manifestaram a sua preocupação pela situação económico-financeira que atravessam e, por unanimidade, expressaram a dificuldade em pagar o subsídio de Natal aos seus trabalhadores no mês de novembro".

A URMA considerou a situação "extremamente grave e injusta" e apelou aos governos dos Açores e da República "no sentido da imediata e necessária atualização das comparticipações para o setor social".

Para o BE/Açores, o Governo Regional dos Açores e o Governo da República devem "garantir os recursos financeiros necessários às instituições e estas devem fazer todos os esforços necessários para que milhares de trabalhadores não fiquem sem a sua remuneração, ainda para mais, na época festiva de fim de ano".

"O Governo Regional deve explicar, com toda a transparência, os motivos que levam a este atraso. Se é apenas má vontade de um mau Governo da República do PSD e do CDS que desrespeita os Açores, como já reconheceu o vice-presidente do Governo Regional dos Açores, ou se existem outros motivos para este atraso nas transferências, como por exemplo a situação financeira da região", vincou.

O partido lembrou que, no dia 30 de outubro, o presidente do Governo Regional, o social-democrata José Manuel Bolieiro, participou no Conselho de Ministros, salientando que a reunião, "classificada como histórica pelo Governo Regional, não serviu para resolver este grave problema, nem tão pouco os atrasos já verificados no pagamento aos trabalhadores portugueses da Base das Lajes".

"Conclui-se que a participação de José Manuel Bolieiro no Conselho de Ministros não serviu para resolver os problemas mais prementes entre os Açores e a República, mas apenas para tirar uma fotografia sentado à mesa do Conselho de Ministros", concluiu o BE/Açores.

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