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Cães recebem treino para ajudar médicos a detetar cancro no intestino

Animais já conseguem detetar cancro na próstata e na bexiga.

27 de janeiro de 2025 às 12:46

Sete cães estão a ser treinados para detetar cancro no intestino em humanos no Reino Unido. Os animais cheiram amostras de urina dos pacientes para fazer o diagnóstico. 

A Medical Detection Dogs Charity, organização de caridade especializada em treinar cães para detetar doenças humanas de forma pouco invasiva, iniciou o estudo de deteção de tumores em 2024. A organização espera que os cães ofereçam um método de deteção de cancro no intestino em fase inicial mais rápido e preciso. 

Os Cocker Spaniels Mango, Callie e Dotty, os Labrador Hetty, Rosie e Jodie e o Retriever de pelo liso Willow já demonstraram sinais de que conseguem cheirar cancro no intestino.  

Todos os cães da instituição são treinados para cheirar doença de Parkinson, COVID-19, doenças cardíacas, entre outras. “A organização tem investigado o odor de doenças há 15 anos, mas o nosso projeto de cancro no intestino é relativamente recente”, explicou a diretora de comunicação Gemma Butlin. 

Neste momento, a investigação está na fase de ‘provas cegas’ antes do lançamento dos resultados oficiais, mas “isso será daqui a poucos meses”, afirmou Butlin. 

O programa de treino envolveu um ‘jogo’ onde os cães tinham de detetar a doença a partir de várias amostras de urina que vão ficando cada vez mais pequenas. As amostras são colocadas em suportes de metal que transmitem a informação de cada farejo para computadores.  

“Quando eles cheiram o odor, dão-nos um sinal como sentar ou ficar de pé para indicar o resultado”, explicou Butlin. Cada animal recebe guloseimas e mimos no final das provas bem-sucedidas. A diretora de comunicação garante que os animais se “divertem bastante” durante o processo. 

“De momento, temos os cães a cheirar 1 mililitro de urina por amostra, o que é uma quantidade mínima”, afirmou Butlin. Eventualmente, os animais terão de aprender a detetar a doença em amostras de pacientes com outras condições de saúde. 

O método já é utilizado para fazer o diagnóstico de cancro na próstata e na bexiga. 

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