Município identificou 135 locais de culto e nove tradições religiosas presentes na cidade.
A Câmara do Porto elaborou a Carta das Religiões do Porto onde é feito um "levantamento aprofundado das comunidades religiosas" que existem na cidade e o papel social que desempenham, revelou esta segunda-feira a autarquia.
Na sua página online, o município dá conta de que foram identificados 135 locais de culto no Porto relativos a nove "tradições religiosas", nomeadamente o Cristianismo, Islamismo, Judaísmo, Fé Bahá'í, Hinduísmo, Budismo, Siquismo, Tradições Japonesas e Doutrinas Espiritualistas.
"A carta descreve não apenas a presença física destas comunidades, mas também o papel social que desempenham, incluindo o apoio à integração de migrantes e o envolvimento em iniciativas comunitárias", pode ler-se.
Este trabalho, feito este ano, tem como objetivo "promover o diálogo inter-religioso, valorizar a diversidade cultural e reforçar a coesão social".
Citado pela autarquia, o ainda vereador com o pelouro da Coesão Social, Fernando Paulo, afirmou tratar-se de "um instrumento de conhecimento e de reconhecimento" que "permite compreender a riqueza espiritual e cultural da cidade" e "valoriza o papel das comunidades religiosas na construção de uma cidade mais solidária, mais humana e mais plural".
Para o vereador eleito pelo movimento de Rui Moreira, "esta é mais uma iniciativa que reforça o compromisso do município como agente promotor do diálogo inter-religioso, da tolerância e da inclusão, reconhecendo a diversidade de crenças como uma dimensão fundamental da vida urbana contemporânea".
Na carta, com quase 500 páginas e disponibilizada no site da autarquia, é descrito que a cidade é "um espaço de grande diversidade religiosa e cultural" que se manifesta "não apenas na vivência espiritual das comunidades, mas também na forma como cada uma delas marca o tecido social e cultural do Porto".
"Este reconhecimento da diversidade e das suas especificidades é essencial, no sentido em que permite um contacto que leva à compreensão e, consequentemente, a uma comunicação e interação mais eficazes", garante o documento.
Nas suas considerações finais, a Carta das Religiões do Porto vinca o aumento das comunidades evangélicas e pentecostais na autarquia, "impulsionado pela migração de cidadãos brasileiros e de outros países dos PALOP, o que tem transformado a paisagem religiosa" da cidade.
"O surgimento de novas comunidades evangélicas, predominantemente compostas por uma população jovem e ativa, muitas vezes acompanhada pelos seus filhos, tem contrastado com as comunidades católicas, que enfrentam o envelhecimento dos seus fiéis", pode ler-se no documento, que dá conta ainda de que estas comunidades emergentes "desempenham um papel muito importante na integração de migrantes, ao oferecer redes de apoio, atividades educativas e dinamismos de solidariedade social".
O "fenómeno da gentrificação" é ainda apontado para justificar "profundas transformações no centro urbano".
"O aumento do custo de vida e a pressão imobiliária levaram à deslocação de muitos residentes tradicionais para a periferia, o que resulta numa redução da presença de fiéis nas paróquias do centro histórico. Este fenómeno, aliado ao turismo massivo, tem alterado a vivência religiosa na cidade, com um aumento da participação de visitantes estrangeiros nas missas dominicais e uma modificação profunda nas dinâmicas comunitárias tradicionais, já que muitos dos presentes não pertencem à paróquia nem participam ativamente na vida pastoral local", especifica a carta.
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