Imóvel pertence desde 2018 à sociedade anónima Midfield, um fundo de investimento da família Moreira da Silva.
O executivo da Câmara do Porto vai votar a compra de uma fração com três pisos da Casa de Almeida Garrett por um milhão de euros, para aí instalar um núcleo museológico de homenagem ao escritor, foi revelado esta quinta-feira.
De acordo com a proposta, a que a Lusa teve acesso, a casa é "o mais relevante testemunho urbanístico nacional da passagem de Almeida Garrett, um marco da história e identidade portuense e portuguesa", motivos usados para justificar que o imóvel seja "o local ideal para a criação de um espaço museológico de valorização da sua vasta obra literária, bem como do Liberalismo e Romantismo portugueses".
No documento assinado pelo vereador com o pelouro do Urbanismo e Espaço Público, Pedro Baganha, é descrito que o dono do imóvel apresentou um pedido de licenciamento para criar, naquele espaço, habitação coletiva e comércio e serviços e que o mesmo "aceitou alienar ao município uma das futuras frações previstas neste edifício".
Aquele imóvel pertence desde 2018 à sociedade anónima Midfield - Imobiliária e Serviços, com sede na Avenida da Boavista, e detida pelos membros do conselho de administração da Teak Capital, um fundo de investimento da família Moreira da Silva.
Pelo valor de um milhão de euros, o município vai ficar com uma fração composta por três pisos que lhe será entregue "com o prédio reabilitado e com o espaço da fração em tosco com infraestruturas à porta e com todas as zonas comuns acabadas e em funcionamento".
Há duas semanas, a autarquia liderada por Rui Moreira disse, em resposta à Lusa, estar ainda em negociações para adquirir uma parte do imóvel.
O imóvel é composto por várias frações situadas na rua do Dr. Barbosa de Castro, nºs 37 a 43, e ainda no Passeio das Virtudes, nºs 16 a 26.
Já há quase um ano que a casa onde nasceu Almeida Garrett está à venda pela imobiliária portuense Metro3 por 3,8 milhões de euros.
Em novembro de 2023, durante uma reunião do executivo, o presidente da Câmara do Porto esclareceu que a avaliação externa solicitada pelo município há uns anos indicava que a casa de Almeida Garrett valia cerca de 1,5 milhões de euros, uma valor muito diferente do pedido pelos proprietários, motivo apontado para que não se pudesse exercer direito de preferência.
Em 27 de abril de 2019, a casa onde o escritor nasceu e viveu cinco anos foi consumida pelas chamas de um incêndio que deflagrou durante a madrugada.
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