A edição de hoje
Defendido alongamento do túnel da avenida da Liberdade até ao Parque da Ponte.
A Câmara Municipal de Braga assegura que a catedral romana existente a meio da avenida da Liberdade, na zona dos Granjinhos, não será afetada por qualquer obra a realizar na principal artéria da cidade. A garantia é do presidente da câmara, Ricardo Rio, para quem "o património será sempre prioridade".
"Nenhuma obra que destrua património será concretizada em Braga, pelo menos enquanto este executivo estiver em funções. E a basílica romana é um dos monumentos que, a todo o custo, preservaremos", disse o autarca ao CM
Em causa está o projeto vencedor do concurso de ideias para a requalificação da avenida da Liberdade, que prevê, entre outras obras polémicas, o prolongamento do túnel até à zona do rio Este.
Ora, a ser construído, o túnel obrigaria à destruição de uma basílica romana, com 1900 anos, e cujas ruínas, com uma área de mais de 300 metros quadrados, foram detetadas em 2008 pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, precisamente no eixo da via, em frente ao edifício dos Granjinhos.
Várias vozes saíram a terreiro a alertar para a existência desse importante monumento, cuja escavação arqueológica tem sido adiada por se encontrar numa das principais vias rodoviárias da cidade. "Avançar com uma escavação naquele local criaria constrangimentos de circulação enormes e que, nesta altura não temos condições de resolver. Mas destruir, nem pensar", frisou Ricardo Rio, lembrando que os projetos arqueológicos prioritários são a Ínsula das Carvalheiras e o Teatro Romano, na Colina da Cividade. De resto, o autarca sublinha que, a acontecer, o prolongamento do túnel rodoviário não ocorrerá a médio prazo, até porque implica custos financeiros avultados.
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