Medida visa começar a libertar o trânsito da VCI no Porto.
Os veículos pesados de mercadorias deixarão de pagar portagem na Circular Regional Exterior do Porto (CREP, autoestrada A41), à hora de ponta, a partir de março, para começar a libertar o trânsito da VCI no Porto, foi esta segunda-feira anunciado.
"A partir do próximo dia 01 de março, os transportes pesados deixarão de pagar portagem na CREP em dois períodos horários: no período horário entre as 07h00 e as 10h00 e entre as 16h00 e as 19h00", anunciou esta segunda-feira o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, após uma reunião com os autarcas da Área Metropolitana do Porto, na sede da instituição.
Na mesma ocasião, o presidente da AMP e da Câmara do Porto, Pedro Duarte, anunciou que esta medida "vai ter que ser complementada com medidas, também, ao nível da própria VCI [Via de Cintura Interna], comprometendo-se a propô-las ao Governo "até ao final deste ano", para ter uma decisão tomada também a 01 de março.
Miguel Pinto Luz disse que esta é "uma medida de incentivo à utilização cada vez maior da CREP em detrimento da VCI, que é (...) o maior problema de tráfego" do país, não havendo "algo sequer comparável com mais nenhuma via na Área Metropolitana de Lisboa ou noutra zona do país".
Clarificando que as medidas se referem exclusivamente a pesados de mercadorias, relativamente às soluções de intervenção direta na VCI que serão estudadas pelos municípios referiu que "várias soluções estão em cima da mesa", mas não quis antecipar.
"Mas passarão, obrigatoriamente, por impedir cada vez mais, ou dificultar cada vez mais, a passagem destes pesados na VCI", vincou, apontando em cerca de 10 milhões de euros anuais o valor que o Estado terá de ressarcir a concessionária da CREP/A41.
Já Pedro Duarte disse que "há a possibilidade de colocação de pórticos cuja portagem seja, de alguma maneira, desincentivadora para o atravessamento da cidade e da Área Metropolitana".
"Temos a possibilidade de, eventualmente, nos horários em que estamos a falar [07h00 às 10h00 e 16h00 às 19h00] haver a própria proibição de pesados de mercadorias para efeitos de atravessamento da área metropolitana", referiu o autarca do Porto.
Os responsáveis pediram ainda contenção quanto às expectativas imediatas em torno da medida, dizendo o ministro Pinto Luz que este "é o início de um processo" que trará resultados, mas que será necessário tempo.
"Nós precisamos de tempo. Este tipo de transformações só vamos ter resultados com tempo, e por isso diria que teremos de ter sempre mais de um, dois, três anos de atividade para podermos perceber qual é o impacto real", conjugando com as medidas diretas sobre a VCI, afirmou.
Também Pedro Duarte apontou que o problema da VCI "não se resolve com uma medida avulsa" mas "todos os passos que são dados são positivos", mas "é bom que as expectativas sejam claras: não vai resolver todos os problemas de trânsito naquela via, naturalmente, mas vai ajudar a melhorar".
"Depois de, pelo menos, uma década de generalizada contemplação, em que o diagnóstico estava feito dos problemas que ali ocorriam mas onde, de facto, não houve medidas, objetivamente, esta segunda-feira temos aqui um marco muito importante porque é o início de um caminho diferente", salientou o líder metropolitano.
O ministro referiu ainda que as autoridades competentes estarão "constantemente a monitorizar, a fazer estudos de tráfego, a perceber os comportamentos dentro da área metropolitana", e salientou que "este problema não se resolve só nesta vertente", mas também "com mais investimento no Metro do Porto, mais investimento em transportes públicos".
Em 03 de abril, o ministro das Infraestruturas e o ex-presidente da Câmara do Porto Rui Moreira, já tinham adiantado que a CREP/A41 deveria ser "tendencialmente gratuita" para pesados, nomeadamente de mercadorias, para tentar reduzir o tráfego na VCI, estimando à data que a medida poderia entrar em vigor em janeiro.
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