"Enorme adesão" evidencia "o sentimento generalizado dos trabalhadores para denunciar a política que tem sido seguida de desvalorização salarial".
A greve da Administração Pública está a registar uma "enorme adesão", de 90% na saúde e educação, mas também na Justiça e Autoridade Tributária, traduzindo a "sentimento generalizado" dos trabalhadores em "avançarem para a luta", segundo a CGTP.
"A nível geral, o balanço que está a ser feito seja a nível do setor da saúde, seja a nível do setor escolar, da Autoridade Tributária [ou] da Justiça, o que revela neste momento é uma enorme adesão dos trabalhadores a esta jornada de luta", afirmou o secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, em declarações à agência Lusa.
Apontando para níveis de adesão "de cerca de 90%" nos setores da saúde e da educação, o dirigente da central disse haver "estabelecimentos escolares completamente encerrados" e "um ou outro estabelecimento de ensino que terá aberto por decisões das direções escolares, mas com uma falta enorme de auxiliares a prestar os serviços nessas escolas".
Para Tiago Oliveira, esta "enorme adesão" evidencia "o sentimento generalizado dos trabalhadores no sentido de avançarem para a luta, para denunciar a política que tem sido seguida de desvalorização salarial, falta de investimento nos serviços públicos e falta de resposta às questões centrais da vida de cada um".
Enfatizando, em particular, "a questão da defesa dos serviços públicos", o dirigente da CGTP critica o "percurso de dezenas de anos de degradação e de falta de investimento nos serviços públicos".
"Este Orçamento do Estado é o reflexo disso mesmo. Um Orçamento do Estado que continua a perpetuar uma política de degradação dos serviços públicos, de falta de resposta, seja ao Serviço Nacional de Saúde ou à escola pública, E, portanto, há aqui um sinal importantíssimo [para o qual] este Governo tem de olhar", sustentou.
Para a CGTP, é "um sinal de trabalhadores que estão profundamente descontentes com a sua valorização das carreiras e a sua perspetiva de futuro", exigindo "uma perspetiva diferente daquela que hoje é imposta e a que este Governo dá continuidade".
Neste contexto, Tiago Oliveira garante que a greve geral se mantém em cima da mesa, salientando que o facto de só depois de apresentar o Orçamento do Estado para 2026 o Governo iniciar negociações com os sindicatos relativamente à valorização salarial da Administração Pública "revela a falta de compreensão e a falta de noção do que é a vida da maioria dos trabalhadores".
"E, se olharmos para esta resposta destes trabalhadores, aquilo que dizemos desde o início, até fruto do pacote laboral que também está em discussão, mantém-se: Quanto maior for o ataque, maior será a resposta destes trabalhadores. Perante isto, o Governo ou recua nas suas posições e na política que está a seguir, ou todas as formas de luta estão em cima da mesa", concluiu.
A Frente Comum iniciou às 00:00 de hoje uma "grande greve" da Administração Pública contra o Governo, que acusa de degradar as condições de trabalho e de desinvestir nos serviços públicos.
O aumento dos salários, a valorização das carreiras, a reposição do vínculo público e a defesa dos serviços públicos são também motivos para a convocação da paralisação que abrange todos os trabalhadores do Estado.
Também a Federação Nacional dos Médicos (Fnam) convocou uma paralisação para sexta-feira, que coincidirá com a da Função Pública, por considerar que a tutela está a recusar negociar a carreira médica.
O Governo entregou em 09 de outubro a proposta do Orçamento do Estado para 2026 na Assembleia da República, mantendo a previsão inicial de aumentos salariais para a função pública prevista no acordo plurianual assinado em novembro de 2024 com a Fesap e a Frente Sindical.
A Frente Comum representa 29 sindicatos de todos os setores da Administração Pública.
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