Posição da central sindical surge após a UGT ter levantado esta possibilidade, caso não haja cedências da parte do Governo.
O secretário-geral da CGTP disse hoje não ter recebido qualquer nova proposta do Governo sobre a reforma à legislação laboral e não se compromete em prolongar a greve geral convocada para 11 de dezembro para dois dias.
"Aquilo que temos que assumir é a construção de uma grande greve geral para o dia 11 [de dezembro]", afirmou o secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, em declarações aos jornalistas, quando questionado sobre se a CGTP admitia prolongar a greve geral de um para dois dias, tal como admitido pelo secretário-geral da UGT.
Tiago Oliveira acrescentou ainda que a CGTP irá "sempre" estudar e avaliar novas formas de luta para "derrotar o pacote laboral", mas não se comprometendo com um eventual prolongamento da greve geral.
As declarações foram transmitidas aos jornalistas minutos antes de a CGTP entregar o pré-aviso de greve geral para 11 de dezembro no Ministério do Trabalho, em Lisboa.
O secretário-geral da CGTP rejeitou as críticas que têm vindo a ser feitas pela ministra do Trabalho, referindo que a central sindical "está em todas as reuniões para as quais é convocada" e que se apresenta para "discutir e avaliar tudo o que o Governo" coloca em cima da mesa.
Questionado sobre se a CGTP recebeu a nova proposta apresentada pelo executivo à UGT, Tiago Oliveira diz não ter recebido o documento.
"A única proposta que está em cima da mesa foi a primeira que o Governo apresentou em finais de julho", afirmou Tiago Oliveira, lamentando ainda que o executivo não tenha acolhido nenhuma proposta apresentada pela central sindical.
Já sobre as cedências que constam na nova proposta entregue à UGT -, nomeadamente ao nível do recuo na proposta relativa à simplificação dos despedimentos, apontada como um das 'linhas vermelhas' pelas centrais sindicais' ou aos ajustes na proposta relativa à licença para amamentação - o secretário-geral da CGTP deixa um aviso.
"Nós não vamos aceitar que se reverta uma ou outra matéria e que se permitam que as restantes 98 e 99 matérias deste pacote laboral, que contém mais de 100 matérias continuem a ser colocadas em cima da mesa porque todas elas são profundamente negativas para o mundo de trabalho", sinalizou.
Tiago Oliveira sublinhou ainda que a proposta apresentada pelo Governo está a ser negociada em Concertação Social (com reuniões bilaterais e plenárias) como um todo.
"Os trabalhadores não nos perdoariam, nem compreenderiam, uma central sindical que assinasse qualquer documento, que conseguisse reverter um ou outro ponto, mas todos os restantes 98 ou 99 pontos que constam nesse mesmo documento fossem num completo retrocesso nas suas vidas", reiterou.
A CGTP reitera, por isso, o apelo para que o Governo retire o anteprojeto de reforma da legislação laboral da discussão e acredita que a greve geral convocada para 11 de dezembro será um "grande momento de luta" e de "afirmação" dos trabalhadores.
A CGTP e a UGT anunciaram uma greve geral para 11 de dezembro contra a proposta do Governo, naquela que será a primeira paralisação conjunta desde junho de 2013, quando Portugal estava sob intervenção da 'troika'.
Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, o secretário-geral da UGT explicou que a central sindical avançou para a greve por ter sido encostada à parede pelo Governo, que aconselhou a refletir, e admitiu avançar para "dois dias de greve" se o executivo apresentar proposta igual.
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