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CGTP defende alteração à lei do trabalho não declarado

Arménio Carlos fala também numa alteração em relação à precariedade e aos falsos recibos verdes.

19 de outubro de 2015 às 10:14

O secretário-geral da CGTP concordou esta segunda-feira com o inspetor-geral do trabalho quanto à necessidade de um enquadramento legislativo mais adequado do trabalho não declarado, mas pediu atenção às questões relacionadas com a precariedade e os falsos recibos verdes.

Em entrevistas ao Jornal de Negócios e ao Público, o inspetor-geral do trabalho, Pedro Pimenta Braz, defendeu um enquadramento legislativo mais adequado do trabalho não declarado, salientando que as sanções previstas na lei, além de desprotegerem o trabalhador, penalizam as receitas fiscais e contributivas.

Em declarações à agência Lusa, na sequência das entrevistas do inspetor-geral do trabalho, Arménio Carlos disse que concorda com uma mudança na lei, não apenas em relação ao trabalho declarado, mas também em relação à precariedade e aos falsos recibos verdes.

"Sim, defendemos um enquadramento legislativo para o trabalho não declarado, mas também nas questões da precariedade e dos falsos recibos verdes. Lembro que os trabalhadores a recibos verdes estão a ocupar cargos permanentes, por isso, na opinião da CGTP deve ser alterada a legislação", defendeu.

Segundo Arménio Carlos, a CGTP defende o princípio de que o posto de trabalho permanente deve corresponder a um vínculo de trabalho efetivo.

"No entanto, quero lembrar que temos problemas que decorrem da alteração laboral. A última revisão do Código do Trabalho colocou a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) quase como um departamento do Governo para intervir nesta área. Retirou-lhe competências, cada vez tem menos autonomia e independência e tem um número significativo de inspetores a menos", salientou.

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