Aparelhos podem facilitar a iniciação ao consumo de tabaco, especialmente junto de adolescentes e jovens adultos.
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Os cigarros eletrónicos podem ser mais prejudiciais do que benéficos, diminuindo o número de fumadores de forma pouco relevante, mas levando a que mais jovens se tornem fumadores, indica um estudo divulgado esta quarta-feira.
As conclusões são de uma investigação do Centro Médico Dartmouth-Hitchcock-Centro Oncológico Norris Cotton, do estado norte americano de New Hampshire, em colaboração com outras instituições dos Estados Unidos, na qual se quantifica o equilíbrio entre os danos e os benefícios dos cigarros eletrónicos.
"Embora a indústria do tabaco apresente os cigarros eletrónicos como uma ferramenta para ajudar os fumadores adultos a deixarem de fumar, na verdade o uso desses cigarros apenas aumenta marginalmente o número de pessoas que conseguem deixar o tabaco com sucesso", disse o investigador Samir Soneji, do Instituto Dartmouth.
Por outro lado, os cigarros eletrónicos podem facilitar, com o uso da nicotina, a iniciação ao consumo de tabaco, especialmente junto de adolescentes e jovens adultos, acrescentou o responsável.
Utilizando dados de recenseamento, de inquéritos nacionais sobre saúde pública e tabagismo e literatura publicada, a equipa liderada por Soneji calculou total dos anos de vida ganhos ou perdidos na população dos Estados Unidos devido ao impacto dos cigarros eletrónicos, quer para parar de fumar quer ao levar pessoas que nunca fumaram a usar o tabaco tradicional.
"Os cigarros eletrónicos podem levar à perda de mais de 1,5 milhões de anos de vida porque o seu uso pode aumentar substancialmente junto de adolescentes e jovens adultos, que eventualmente se tornam fumadores de cigarros", disse Soneji.
Publicado na revista científica PLOS ONE, o estudo sugere que, com base nas conclusões científicas relacionadas com os cigarros eletrónicos, e com as suposições otimistas de que os cigarros eletrónicos causam menos danos se comparados com os cigarros fumados, o uso dos "e-cigarette" representa atualmente mais danos na população do que benefícios.
E diz que embora os esforços de controlo de tabaco tenham levado a uma redução de fumadores jovens desde os anos 1990, os cigarros eletrónicos podem potencialmente retardar ou mesmo reverter essa tendência.
São necessários esforços, diz-se no estudo, para reduzir o uso dos cigarros eletrónicos por parte dos jovens e aumentar o seu uso nos adultos no sentido de ser um meio para parar de fumar.
Soneji sugere também que se legisle no sentido impedir que os cigarros eletrónicos sejam atraentes para os jovens, reduzindo por exemplo a disponibilidade de sabores agradáveis, como o sabor a frutas.
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