Cinco mil funcionários em falta no ensino

A família da aluna do 6º ano da Escola Básica D. Pedro IV, Monte Abraão (Sintra), que morreu após um acidente no recinto escolar, defende que a menina de 11 anos não foi de imediato socorrida por falta de funcionários. Para o pai, Agostinho Crespo, "se houvesse funcionários suficientes não demoravam tanto tempo a socorre-la".

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Artur Sequeira, da direção da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, corrobora e acrescenta que "há uma série de problemas de segurança nas escolas que estão relacionados com a falta de pessoal". E estima em "pelo menos cinco mil o número de efetivos em falta". A secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, reconhece o problema da falta de assistentes operacionais e promete uma solução para breve.

"Além da falta de pessoal não docente, há também a necessidade de formação em várias áreas, nomeadamente em pronto socorro ou na resolução de casos de bullying", sustentou o sindicalista Artur Sequeira. A necessidade de formação dos assistentes operacionais em socorro básico de vida foi também apontada pelo presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), Jorge Ascenção: "Tem de haver enfermeiros nas equipas escolares".

No caso de Juelma João, os dados do INEM dão conta que foi necessário contactar três pessoas na escola, por telefone, para ser prestado socorro à aluna do 6º ano. O relatório clínico emitido pelo Hospital de Santa Maria, em Lisboa, indica por sua vez que "a situação - da menina - evoluiu para morte cerebral devido ao tempo prolongado de paragem cardíaca".