De acordo com as empresas, os trabalhos foram programados para o período de inverno por corresponder à época de menor procura do serviço ferroviário.
A circulação ferroviária na Linha do Douro, entre Marco de Canaveses e Peso da Régua, vai estar interrompida durante cinco meses, entre 03 de novembro e abril de 2026, devido obras de modernização e eletrificação, foi esta sexta-feira anunciado.
Num comunicado conjunto, a Infraestruturas de Portugal (IP) e a CP -- Comboios de Portugal informam que a interrupção é necessária, particularmente, para a execução de trabalhos de reforço estrutural e rebaixamento da plataforma ferroviária em seis túneis, no âmbito da empreitada de modernização da Linha do Douro.
A obra envolve a beneficiação, reforço estrutural e o rebaixamento da plataforma ferroviária nos seis túneis existentes ao longo deste troço, com particular destaque para a intervenção no Túnel do Juncal, o segundo maior da Rede Ferroviária Nacional, com 1.624 metros de extensão.
"Estes são trabalhos cuja execução se reveste de elevada complexidade técnica e logística, uma vez que decorrem no interior dos túneis, espaços mais reduzidos para a movimentação das máquinas, e em locais mais distantes e de difícil acesso para a colocação e utilização dos equipamentos. Face a estes constrangimentos e de forma a garantir o rendimento adequado na execução da obra, é imprescindível proceder à interrupção da exploração ferroviária entre as estações de Marco de Canaveses [distrito do Porto] e Peso da Régua [distrito de Vila Real]", lê-se num comunicado conjunto.
De acordo com as duas empresas, os trabalhos foram programados para o período de inverno, entre novembro e março, por corresponder à época de menor procura do serviço ferroviário, tanto por passageiros regulares como por turistas, minimizando assim os impactos da suspensão da circulação.
Durante o período de interrupção, será assegurado transporte rodoviário alternativo, definido em articulação com as autarquias da região, com paragens nos locais mais adequados para a tomada e largada de passageiros.
A IP adjudicou, em janeiro, por 110,7 milhões de euros, a empreitada de eletrificação da Linha do Douro entre Marco de Canaveses e Peso da Régua ao consórcio Casais e Somafel, prevendo-se que os trabalhos decorram durante três anos (36 meses).
A intervenção prevê a eletrificação integral do troço, com cerca de 47 quilómetros, a instalação do sistema de retorno de corrente de tração, terras e proteções (RCT+TP) e a execução de trabalhos acessórios para garantir as condições de eletrificação, nomeadamente a adequação/modernização dos 'layouts' (disposição das linhas) das estações, com substituição de material de via.
Inclui também o alteamento ou relocalização das plataformas de passageiros das estações e apeadeiros, o rebaixamento da plataforma dos túneis e a reabilitação/reforço pontual das estruturas e do revestimento e tratamento e reformulação do sistema de drenagem.
No caso particular da Estação da Régua, está previsto um cais com 200 metros de comprimento, possibilitando a utilização para o serviço intercidades.
Atualmente, está também em curso o desenvolvimento do projeto de modernização para o troço entre a Régua e o Pocinho, avaliado em cerca de 180 milhões de euros, assim como os estudos para o troço final entre Pocinho e Barca d'Alva correspondendo a um investimento estimado de 80 milhões de euros.
O investimento global nesta linha está avaliado em cerca de 460 milhões de euros.
Atualmente, a eletrificação da Linha do Douro está concluída até Marco de Canaveses.
A Linha Ferroviária do Douro liga o Porto ao Pocinho (171,522 quilómetros) e há vários anos que é defendida a eletrificação da via, bem como a reabertura do troço entre o Pocinho (Vila Nova de Foz Côa) e Barca d'Alva (Figueira de Castelo Rodrigo), desativado em 1988.
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