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Cirurgia combate o ressonar

Atinge cerca de dois milhões de portugueses e não existem medicamentos que ajudem a tratar esta doença. No entanto, a roncopatia, que provoca o ressonar e afeta sobretudo os homens tem várias soluções cirúrgicas. Atualmente, a opção mais consensual é a técnica clássica (uvulopalatofaringoplastia), com algumas modificações relativamente à original, e cuja taxa de sucesso é de 90 por cento.

07 de abril de 2013 às 01:00

A roncopatia é uma doença patológica que implica a vibração da parte respiratória superior (palato mole) provocando o som estridente (ronco). Uma pessoa que sofra desta doença tem hipersonolência diurna e alguns despertares durante o sono.

Normalmente quem deteta a roncopatia são os cônjuges dos pacientes. Por isso, é frequente causa de problemas maritais, uma vez que afeta a vida do casal. A patologia também é responsável por acidentes de viação, hipertensão arterial e problemas cardíacos.

Estima-se que cerca de 45 por cento dos adultos ressonem ocasionalmente, e que 25 por cento o façam habitualmente. A doença pode ou não desenvolver-se em apneia (pausa) obstrutiva do sono. Para cada nove homens que sofrem de roncopatia, há apenas uma mulher que sofre da doença. Em Portugal cerca de 20 por cento das pessoas têm roncopatia.

Há cirurgias onde é utilizado laser para queimar tecidos que estão a mais, ou onde se colocam três implantes de polietileno para criar um palato mais rijo (palatoplastia). Esta última técnica, que chegou a ser feita pela primeira vez em Portugal no Hospital de São João, no Porto, deixou de ser utilizada. Agora, voltou-se à uvulopalatofaringoplastia (que atua sobre a úvula, o palato e a faringe). Esta cirurgia, com anestesia geral, demora cerca de uma hora. "No dia seguinte, o doente vai embora. Depois, tem de estar oito dias com comida mole e líquida. A cicatrização começa a ser completa", explica ao CM Eduardo Cardoso, otorrinolaringologista do Hospital de São João, no Porto.

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