Segundo a CES e a FSESP, o número de bombeiros "continua alarmantemente baixo".
A CES (Confederação Europeia de Sindicatos) e a FSESP (Federação Sindical Europeia dos Serviços Públicos) pediram, esta segunda-feira, mais investimentos públicos nos serviços de linha da frente de combate aos incêndios, depois de um ano recorde.
Para as confederações, a União Europeia (UE) deve suspender as suas regras de governação económica "de modo a permitir que os governos nacionais invistam na preparação e resposta a fenómenos meteorológicos extremos".
"Embora a área total ardida por incêndios florestais tenha aumentado 10% entre 2023 e 2024, os números do Eurostat divulgados esta semana mostram que a fatia dos orçamentos destinada aos serviços de combate a incêndios estagnou, em cerca de 0,5% da despesa pública", referem, num comunicado esta segunda-feira divulgado pela UGT.
Segundo a CES e a FSESP, o número de bombeiros "continua alarmantemente baixo", chegando mesmo a cair, em 2024, em alguns países, como a Bélgica, com menos 10% de efetivos.
Outros países destacados por CES e FSESP foram Portugal (-6%), Chipre (-4%) e Croácia (-3%) que, no ano em análise, viram os danos provocados pelos incêndios "aumentar de forma dramática", na ordem dos 43%, 79% e 44% de área ardida, respetivamente.
As duas organizações assinalam que 2025 está "a revelar-se outro ano recorde" e que área total ardida "já ultrapassou todos os registos anteriores", com mais de 1.600 incêndios.
No entender de CES e FSESP, estes incêndios "não são anomalias isoladas", mas sinais claros de uma crise climática com consequências cada vez mais intensas e frequentes.
Citada no comunicado, a secretária-geral da CES, Esther Lynch, apontou que o número de bombeiros é "escandalosamente baixo" e que "é inadmissível que alguns países continuem a reduzir o número de bombeiros" quando os incêndios florestais aumentam em dimensão.
Já o secretário-geral da FSESP, Jan Willem Goudriaan, defendeu que os orçamentos não podem estar estagnados e que "chegou o momento de aumentar substancialmente o investimento público" na manutenção das florestas, gestão das águas e serviços de combate a incêndios.
De acordo com uma avaliação da AFP com base em estimativas por país do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (Effis), os incêndios, cujo surgimento e propagação são facilitados pela seca, já devastaram mais de um milhão de hectares na União Europeia em 2025, ultrapassando em oito meses o recorde de um ano inteiro.
Segundo dados do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, até ao início de julho tinham ardido pouco mais de 400 mil hectares em território comunitário, mas entre o início desse mês e 19 de agosto (último dia contabilizado nos dados) o total de área ardida subiu para perto de 1.600.000 hectares.
Os dados mostram que a média do total de área ardida na União Europeia ao longo de todo o ano (entre janeiro e dezembro) nunca ultrapassou os 600 mil hectares entre 2006 e 2024.
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