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Consumo de água cresce 26% até 2040

Para responder às necessidades dos próximos 15 anos são necessários mais 1000 hm3 de água.

11 de março de 2025 às 01:30

Portugal coloca na construção de 14 barragens a principal resposta para fazer face a um aumento de 26% nas necessidades de água para os próximos 15 anos. Os dados divulgados na ‘Estratégia Nacional para a Gestão da Água’ indicam um aumento do consumo na ordem dos 1000 hm3 (o equivalente a uma Barragem de Castelo do Bode cheia). As albufeiras das barragens a serem criadas irão responder por 508 hm3, ou seja, metade deste valor. Outras soluções passam por um “aumento da eficiência hídrica e promoção do uso racional da água e pela redução das perdas de água nos sistemas de abastecimento público, agrícola, turística, industrial”.

A estratégia do Governo para 2040 colhe, contudo, o desagrado dos ambientalistas. “A estratégia apresentada confirma uma duvidosa aposta no forte aumento da oferta de água para responder àquelas que têm sido as exigências do setor agrícola, favorecendo a expansão de um modelo intensivo e altamente consumidor de recursos hídricos”, salientou a Zero. Diferente é a posição da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), que aplaude o plano e alerta que não pode “ficar na gaveta nem dependente de ciclos políticos”. Sublinha a estrutura representativa dos agricultores que a estratégia ‘Água que une’ irá permitir o “desenvolvimento da indústria, do comércio, do turismo e também da agricultura”.

A ministra do Ambiente, Graça Carvalho, destacou no NOW que o plano promove a “solidariedade entre regiões”, sublinhando que “há uma escassez hídrica acentuada no Algarve e também no Litoral Alentejano”. Referiu também o exemplo da construção da Barragem da Girabolhos, que irá minimizar os efeitos negativos de quando ocorrem cheias no rio Mondego. Num conjunto de 300 medidas, a estratégia aponta para um investimento de cinco mil milhões de euros, dos quais 20% para novas barragens.

SOLUÇÃO PARA TRAVAR CHEIAS EM COIMBRA

O presidente da Câmara de Coimbra congratulou-se com o regresso da Barragem de Girabolhos aos projetos do Governo. José Manuel Silva recordou que este investimento teria evitado as cheias que afetaram a cidade em 2019. “Sem a barragem, Coimbra ficaria condicionada”, disse.

ALQUEVA SUBIU UM METRO EM NOVE DIAS

Nos primeiros nove dias deste mês, Alqueva registou uma subida de um metro na água armazenada, passando de uma altura de 149,5 metros para 150,74. Está com 91% da capacidade máxima.

FAGILDE VISA TRAVAR SECA

A nova Barragem de Fagilde visa dotar Viseu com uma reserva de água capaz de evitar o ocorrido em 2017, em que camiões dos bombeiros abasteceram a barragem. 

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