A edição de hoje
Um em cada quatro idosos vivia com privações, em 2014.
Quase 35% dos portugueses viviam, em 2014, num cenário de risco de pobreza, privação material ou ambos. As crianças são o grupo onde as carências mais cresceram e as dificuldades económicas atingem um em cada quatro idosos, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Hoje, assinala-se o Dia Internacional da Erradicação da Pobreza.
Segundo o ‘Inquérito às Condições de Vida e Rendimento’, a evolução negativa começa logo na revisão do limiar de rendimentos abaixo dos quais se considera que uma família está em risco de pobreza. Passou dos 409 euros mensais em 2012, para os 411 euros em 2013. Com este valor, 19,5% dos portugueses estava em risco de pobreza. Isto já após terem recebido os rendimentos ou pensões a que têm direito.
Numa análise por idades, o INE revela ainda que foram as crianças (até aos 17 anos) as mais afetadas pelo aumento da pobreza em 2013. Em quatro anos, a taxa cresceu mais de 3%. Também os idosos estão mais pobres. A taxa de privação material em pessoas com 65 ou mais anos ultrapassou os 25%. Ou seja, um em cada quatro idosos não consegue dar resposta a pelo menos três dificuldades.
A falta de dinheiro foi também a razão apontada para a não realização de exames e tratamentos médicos (53,5%) ou dentários (82,5%) necessários.
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