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Deficiente motor sem atendimento

Mário Dias, 44 anos, natural de Tavira, tetraparético (deficiente motor), queixa-se de ter estado seis horas nas urgências do Hospital de Faro sem ser atendido. A irmã, Maria Marques, farta de esperar e de reclamar, sem êxito, acabou por o conduzir a uma clínica particular, em Tavira, onde finalmente foi atendido. O seu estado de saúde agravou-se e agora teve que ser internado.

16 de julho de 2010 às 00:30

"Na segunda-feira senti-me mal cerca das 14h00, com febre, dores e com um testículo inchado. Recorri ao Centro de Saúde de Tavira", conta Mário Dias. "Fui ao médico que requisitou uma ambulância e mandou-me para o Hospital de Faro (HF)", explica.

Às 17h27, o deficiente dava entrada nas urgências do HF, recebia uma pulseira amarela e era enviado para uma sala de espera. "Começava o meu calvário", recorda, "cada vez com mais dores, esperei até às 21h00, vendo outros doentes, que chegaram depois, serem chamados, só então a minha irmã, que me acompanhava, reclamou".

Uma administrativa informou o doente que o seu processo tinha desaparecido. "Fiz nova triagem e esperei, em vão, até às 23h30, então a minha irmã pediu o livro de reclamações e conduziu-me, no seu carro, deitado no banco de trás, a uma clínica de Tavira, onde fui bem atendido", refere.

A direcção clínica do HF confirmou ao CM ter tomado conta da reclamação apresentada, "estando a apurar e a avaliar a demora no tempo de atendimento, após o que o utente receberá uma resposta à sua reclamação" e explicou ainda que a prioridade no atendimento de portadores de deficiência "é definida com base em critérios clínicos".

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