Ordens apelam aos partidos políticos para que invistam na modernização dos quadros legais e regulamentares e desenvolvam políticas eficazes de valorização dos profissionais.
As dez ordens profissionais da área da Saúde uniram-se pela primeira vez e alertaram esta terça-feira o novo Governo e os partidos para a necessidade de políticas de valorização profissional e estabilidade, para travar a saída de profissionais.
"Numa iniciativa inédita e sem precedentes", as ordens profissionais, que juntas representam mais de 256 mil profissionais, uniram-se para "transmitir ao novo Governo e aos partidos políticos uma mensagem clara e determinante".
"Portugal precisa de estabilidade, precisa de políticas de valorização profissional e de uma visão integrada de saúde para construir um futuro próspero para todos os cidadãos e travar a saída de profissionais", escrevem num comunicado conjunto.
As ordens dos Assistentes Sociais, Biólogos, Enfermeiros, Médicos, Farmacêuticos, Fisioterapeutas, Médicos Dentistas, Nutricionais, Médicos Veterinários e Psicólogos Portugueses manifestam a ainda a sua disponibilidade para "colaborar com o executivo na construção de um sistema de saúde mais robusto, integrado e preparado para os desafios do século XXI".
Defendem que "a estabilidade é essencial para o desenvolvimento sustentado das profissões reguladas e para a implementação de políticas públicas eficazes na área da saúde".
Para as ordens, apenas com estabilidade é possível "garantir o acesso, a qualidade e a segurança dos cuidados de saúde prestados aos cidadãos" e "promover e implementar as reformas estruturais necessárias à modernização e sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde e consequentemente do sistema de saúde português".
Defendem ainda a necessidades de estabilidade para desenhar e implementar estratégias de longo prazo para o desenvolvimento das profissões da saúde e dos sistemas de saúde e para criar condições para o desenvolvimento, atração e vinculação de profissionais de saúde e para a valorização dos diferentes contextos de atuação profissional, nomeadamente nos cuidados de saúde, na investigação e em áreas transversais da saúde pública.
Para os profissionais também "é imperativo" a "retenção de talento e de profissionais.
"Portugal enfrenta um desafio crítico na retenção de profissionais da área da saúde. Vários indicadores revelam uma preocupante saída de profissionais qualificados, representando uma perda inestimável do investimento público em formação e um empobrecimento do Serviço Nacional de Saúde e das respostas em Saúde", alertam.
As Ordens Profissionais alertam ainda para a urgência de medidas concretas que "valorizem adequadamente as profissões da saúde, através de carreiras atrativas e condições de trabalho dignas", reconheçam o papel essencial de cada profissão, criem oportunidades de desenvolvimento profissional e de carreira para fixar o talento no país e promovam a inovação e a investigação como fatores de diferenciação e excelência.
Apelam também ao Governo, à Assembleia da República e aos partidos políticos para que invistam na modernização dos quadros legais e regulamentares e desenvolvam políticas eficazes de valorização dos profissionais de saúde, de proteção e prevenção de riscos no local de trabalho, nomeadamente os riscos de 'stress' e 'burnout'.
Pedem também "políticas eficazes de promoção do desenvolvimento de carreira e de retenção de talento", o reconhecimento da centralidade das profissões da saúde na estratégia de desenvolvimento nacional e a promoção de um "diálogo permanente e efetivo com as instituições representativas destas profissões".
As ordens profissionais apelam ainda para que haja um investimento na modernização de infraestruturas tecnológicas e em estratégias de desenvolvimento e adaptação às tecnologias em saúde e modelos de telessaúde, assim como apoio na cooperação interprofissional e a abordagem "Uma Só Saúde" em todos os níveis de decisão e de gestão.
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