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Doente de comboio para as Urgências

Anatoliy Vdovychenko, ucraniano que reside e trabalha há oito anos em Portugal, queixa--se de "falta de humanidade" do médico que o atendeu no centro de Saúde de Tavira. <br/><br/>

19 de abril de 2008 às 00:30

"Mandou-me ir de comboio para o Hospital Central de Faro (HCF), apesar de estar gravemente doente", queixa-se o imigrante, que garante ter pedido uma ambulância. O clínico recusou, "alegando não ser um caso urgente".

Os problemas clínicos de Anatoliy começaram há dois anos, quando um médico particular lhe disse que tinha de fazer um exame, pois suspeitava de uma pedra na vesícula. "Não liguei, fui suportando as dores, até que, a 8 de Março, tive uma crise grave, pelo que recorri à Urgência do Centro de Saúde de Tavira", disse.

Começavam os problemas para o ucraniano. "O médico olhou para mim, disse-me que tinha uma cirrose e que tinha de ir para casa morrer ou, de comboio, para Faro."

Após a recusa de uma ambulância, foi de comboio para o HCF, onde chegou muito debilitado às Urgências: "Fizeram-me exames e, passados três dias, fui operado para a extracção da pedra na vesícula".

Matos Ferreira, director do Centro de Saúde de Tavira, disse ao CM que "não foi feita queixa deste episódio" e que "o clínico não considerou urgente a transferência do doente".

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