Ministério anuncia a abertura de inquérito.
Três doentes oncológicos não fizeram tratamento de quimioterapia no hospital do Barreiro porque foram ultrapassados os prazos para fazerem a terapêutica, que evita o aparecimento de novas células cancerosas. O secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, afirmou ter sido aberto um processo de averiguações.
Um doente de 65 anos foi operado em outubro de 2015 a um cancro no intestino, que exigia quimioterapia. Não fez a terapia coadjuvante. Quando os médicos analisaram o processo tinha passado demasiado tempo e já não seria eficaz. O mesmo aconteceu com outro doente, de 73 anos, submetido a cirurgia em novembro para remoção de um tumor maligno no intestino. O processo foi enviado para a consulta, mas três meses depois os exames perderam-se. Quando os dados do doente chegaram aos médicos, já tinham passado os prazos para iniciar a quimioterapia.
Um terceiro doente, com um adenocarcinoma do cólon, foi operado em agosto de 2015. O processo clínico só chegou à equipa em fevereiro. Tinha indicação para fazer quimioterapia, mas não fez. A diretora clínica, Elisabete Gonçalves, e o administrador, João Silveira Ribeiro, disseram à SIC "desconhecer" os casos. Ao CM, a assessoria do hospital afirma que os doentes fizeram o tratamento principal. "Não se conclui que esteja comprometido o seguimento."
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