Autópsia revela disparos feitos na direção do cão.
Assinou a petição que pede justiça no caso da morte de Simba?
Apavorada é como se sente Andreia Mira. Revela que está emocionalmente fragilizada desde que viu Simba morrer nos seus braços, após ter sido morto com dois tiros de caçadeira. Mas a situação que o casal vive piorou nas últimas horas: a autópsia ao corpo do cão revelou que os disparos foram afinal feitos na direção do animal, a poucos metros de distância, e o casal foi ameaçado de morte.
"O Diogo recebeu uma ameaça por escrito no telefone, que já foi reportada à GNR. O número está lá, mas não conseguimos saber quem é. Na mensagem, dizem que lhe limpam o sebo se ele não deixar a terra. Não acho que tenha sido o vizinho [autor dos disparos], mas isto está a causar-nos algum medo, principalmente, a mim. Estou em pânico", confessa ao Correio da Manhã Andreia Mira, que já está a receber apoio psicológico.
Cão abatido a tiro gera onda de solidariedade
Simba, de raça leão-da-rodésia, tinha cinco anos e foi abatido a tiro no último sábado, em Monsanto (Idanha-a-Nova), por um vizinho do casal, que disse à GNR ter dado dois tiros para o ar, uma versão contrariada pelos resultados da autópsia, relatados por José Diogo Carriço, dono do cão, ao CM.
"Através da autópsia confirmámos que os tiros foram completamente direcionados ao animal. Completamente e com boa pontaria. Os chumbos presentes na radiografia não deixam qualquer margem para dúvidas. O Simba morreu com uma perfuração da aorta, ou seja, foi um tiro relativamente próximo, do pátio da casa para o jardim. Além disso também havia chumbos alojados na região traseira do animal, o que prova, balisticamente, que o tiro veio de trás para a frente, ou seja, o animal foi baleado pelas costas", afirma José Diogo Carriço, contrariando a versão do autor dos disparos. "À patrulha [o suspeito] confessou ter dado dois tiros para o ar", disse na terça-feira ao CM fonte da GNR.
Mais portugueses solidários
Depois de conhecido este caso, alguém, que Andreia e José Diogo desconhecem, criou uma petição pública dirigida ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, ao Partido pelos Animais e pela Natureza e ao Ministério do Ambiente, para que seja feita justiça no caso da morte de Simba. Até às 18h30 desta quarta-feira, a petição contava já com mais de 77 mil assinaturas.
Apesar da onda de solidariedade, Andreia Mira admite que não tem sido fácil lidar com todo o mediatismo que o "desabafo" do marido, nas redes sociais, gerou.
"Nós não queremos vingança, nem mediatismo. Aliás, o Diogo já apelou à paz nas redes sociais porque alguns comentários mais agressivos podem mesmo prejudicar-nos na luta pela justiça no caso da morte do nosso Simba. Há pessoas que querem fazer manifestações. Temo que isto se volte contra nós porque se umas pessoas nos querem ajudar, outras acusam-nos de querer dinheiro", considera.
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Contudo, a empresária de 35 anos diz que a ajuda e o apoio dos portugueses que estão solidários com a causa tem sido fundamental para conseguir lidar com a angústia de ficar sem o seu animal de estimação. "As pessoas estão a oferecer-nos apoio jurídico e a cerca para proteger a quinta porque queremos tapar a nossa propriedade e não temos dinheiro. Estamos muito agradecidos pelo apoio e pelas manifestações de carinho e solidariedade", agradece a dona de Simba.
"Qualquer euro que eu receba, com uma possível indemnização, vai ser doado a associações que protegem os animais", sublinhara, por seu lado, na terça-feira o dono de Simba.
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