Tráfego de voz móvel aumentou 11,9%, face ao trimestre homólogo de 2019, atingindo 7,9 mil milhões de minutos.
A pandemia da covid-19 aumentou o tráfego mensal por serviço móvel e a duração média das chamadas, que atingiu um máximo histórico de 184 segundos no final do primeiro trimestre, revelou a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).
A duração média das chamadas, de 184 segundos por chamada, foi superior em vinte segundos à duração no período homólogo anterior, precisou hoje a Anacom em comunicado.
O tráfego de voz móvel aumentou 11,9%, face ao trimestre homólogo de 2019, atingindo 7,9 mil milhões de minutos, influenciado pelas medidas excecionais associadas ao novo coronavírus, como a declaração do estado de emergência em 19 de março.
Nessa semana, de 16 a 22 de março, o tráfego de voz móvel em minutos aumentou 39%, face à semana de 2 a 8 de março.
As alterações dos padrões de consumo tiveram igualmente impacto no número de minutos de conversação por acesso de voz móvel, que foi, em média, de 223 por mês, mais 23,1 minutos do que em igual período de 2019.
Por tipo de chamada, o crescimento no tráfego de voz em minutos resultou do aumento do tráfego off-net (mais 16,9%) e on-net (mais 8,4%).
Já o tráfego com destino a redes internacionais, que subia há 14 trimestres consecutivos, diminuiu 0,1%.
O tráfego de acesso à Internet em banda larga móvel (BLM) aumentou 41,3%, face ao trimestre homólogo, impactado pelos efeitos do estado de emergência. A Anacom estima que, nas primeiras quatro semanas do estado de emergência, o tráfego de dados móveis tenha crescido cerca de 8,5%, em termos médios.
O tráfego mensal por utilizador ativo de Internet móvel aumentou 31,4% face ao primeiro trimestre de 2019.
Cada utilizador consumiu em média 4,3 GB por mês, recordando a Anacom que os prestadores de maior dimensão ofereceram aos seus clientes 10 GB de dados móveis no início do período em que vigorou o estado de emergência.
O número de acessos móveis habilitados a utilizar o serviço totalizou 17,3 milhões, dos quais 12,2 milhões (70,9% do total) foram efetivamente utilizados (+0,1%).
Excluindo o número de acessos afetos a PC/tablet/pen/router, existiam 11,7 milhões de acessos móveis.
A Anacom explica a evolução verificada pelo aumento da penetração dos pacotes convergentes, que integram o serviço telefónico móvel, bem como pela substituição dos planos pré-pagos por planos pós-pagos.
Esta situação fez com que os planos pós-pagos e híbridos continuem a crescer, 5,4%, enquanto os planos pré-pagos estão em queda desde 2013, representando agora 39,6% do total, menos três pontos percentuais do que no período homólogo.
Em termos de quotas, segundo o regulador das comunicações, a MEO foi o prestador com a quota mais elevada dos acessos móveis ativos com utilização efetiva (41,5%), seguida da Vodafone (30,1%) e da NOS (25,8%).
"Face ao período homólogo, a quota da NOS aumentou 0,9 pontos percentuais, enquanto a da MEO e da Vodafone diminuíram um ponto e 0,1 pontos, respetivamente", afirma a Anacom.
No primeiro trimestre existiam cerca de 8 milhões de utilizadores efetivos do serviço móvel de acesso à internet, mais 5,4% em termos homólogos, o que corresponde a uma penetração de cerca de 78,3 por 100 habitantes.
Este crescimento, segundo a Anacom, está associado ao aumento de 5,8% dos utilizadores de Internet no telemóvel, à massificação dos smartphones e ao desenvolvimento das aplicações móveis.
Relativamente às quotas de subscritores de acesso à Internet em banda larga móvel, a quota da MEO foi de 37,4%, seguida pela NOS com 31,2% e pela Vodafone com 29,2%.
"A NOS tornou-se no segundo maior prestador de Internet móvel - a sua quota subiu 2,6 pontos, enquanto que as quotas da Vodafone e a MEO diminuíram 1,6 pp e 1,5 pp, respetivamente", acrescenta a Anacom.
O tráfego de roaming internacional registou aumentos em todos os tipos de tráfego face a igual período do ano anterior, com destaque para o tráfego de Internet, que aumentou 41,3%.
"A evolução mais moderada dos indicadores de roaming em comparação com períodos anteriores terá sido impactada pelas restrições impostas às viagens internacionais decorrentes da situação de pandemia", conclui a Anacom.
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