Secretário geral defende que programa "deve envolver famílias, alunos e professores para se perceber o que se pretende em cada comunidade".
O secretário-geral da FNE considerou esta sexta-feira no Porto que a educação sexual nas escolas é "uma questão sensível" que deve envolver as famílias, os alunos e os professores para se perceber o que se pretende em cada comunidade.
Segundo Pedro Barreiros, "há realidades, há projetos escolares e projetos educativos onde a violência é o maior problema, há outras onde, eventualmente, a sexualidade é um problema", e apontou o exemplo de uma visita que realizou a uma escola em Cabo Verde onde "num curtíssimo espaço de tempo tinha havido 16 gravidezes precoces".
Ou seja, sustentou, "a educação sexual é um problema. No nosso caso, nós temos de ser capacitados, estar habilitados para trabalhar essas matérias com os nossos alunos, percebendo as idades de cada um, a maturidade de cada um, a concordância das famílias e dos encarregados de educação para abordar, de que forma e com que profundidade, esta questão".
Pedro Barreiros falava aos jornalistas à margem de uma conferência de imprensa para dar a conhecer os resultados de uma consulta nacional sobre a carreira docente e as condições do exercício profissional, promovida pela Federação Nacional da Educação (FNE) e pela Associação para a Formação e Investigação em Educação e Trabalho (AFIET) realizado entre 13 e 27 de julho, a 4.638 professores, do pré-escolar ao secundário.
O dirigente da FNE admitiu que, em relação à nova proposta relativa à educação sexual, - incluída na nova Estratégia Nacional para a Educação para a Cidadania (ENEC), que está em consulta pública - não acredita que "todos os professores, em abstrato, estejam devidamente capacitados e preparados para trabalhar algumas destas matérias".
E acrescentou: "Nós somos professores. Há psicólogos nas escolas para alguma coisa. Nós também nas nossas aulas e nas nossas salas, por vezes, assumimos esse papel, mas não é esse o nosso papel".
"Importa valorizar cada um e a especificidade de cada um. E por vezes parece-me que a discussão é feita de tal forma pela rama que tem outros objetivos, se calhar até mais políticos e partidários, ou até mesmo sindicais, do que propriamente uma preocupação a sério com o sistema de ensino dos nossos alunos".
Questionado também sobre a questão do uso dos telemóveis pelos alunos nas escolas, Pedro Barreiros disse que, de acordo com a consulta realizada, verificou-se que, maioritariamente, os professores não concordam com o uso de telemóveis no contexto de recreio, quer no ensino básico, quer no ensino secundário.
No que concerne ao uso pedagógico no processo de ensino e aprendizagem em contexto de sala de aula, "os colegas do ensino secundário tendem a encarar o uso desta ferramenta digital como uma possibilidade, mais uma possibilidade".
"Aquilo que não se percebe muito bem é a questão da proibição. Melhor dizendo, tendo em conta os estudos internacionais e as experiências que vão sendo adotadas, percebemos, mas não é bem percebido o discurso da autonomia versus o discurso da proibição. Queremos dar mais autonomia às escolas, queremos dar mais autonomia aos professores, mas depois proibimos. Há aqui um contrassenso, ou seja, importa que as coisas possam ser devidamente percebidas", defendeu.
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