"Estamos a monitorizar a situação e estamos à espera dos resultados da investigação", disse Inna Ohnivets.
A embaixadora da Ucrânia em Lisboa mostrou-se este sábado preocupada com a situação de acolhimento de refugiados ucranianos por cidadãos russos em Portugal ocorrida em Setúbal, mas está confiante na resolução por parte do Governo português.
"Estamos a monitorizar a situação e estamos à espera dos resultados da investigação", começou por dizer Inna Ohnivets, à margem de uma visita à RTP onde assistiu ao último dia de gravações do #EstudoEmCasa com a Ucrânia.
Questionada pelos jornalistas no final da visita, onde esteve acompanhada pelo ministro da Educação, João Costa, a diplomata escusou-se a responder se a situação de Setúbal era um caso isolado e também se já tinha sido contactada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, reiterando estar "à espera dos resultados da investigação em curso à situação".
"Claro que temos preocupação sobre esta situação, mas estou convencida que o Governo português resolve a situação", afirmou, evitando qualquer outra pergunta.
O semanário Expresso noticiou no passado dia 29 de abril que refugiados ucranianos foram recebidos na Câmara de Setúbal por russos simpatizantes do regime de Vladimir Putin e que responsáveis pela Linha de Apoio aos Refugiados estão a fotocopiar documentos dos refugiados, entre os quais passaportes e certidões das crianças.
O Presidente da República já apelou para que se apure a verdade no que se refere ao acolhimento de refugiados ucranianos por cidadãos russos em Portugal, afirmando que os portugueses "gostarão de saber aquilo que se passou".
"Faz parte da vida democrática haver o apuramento da verdade e o acesso dos cidadãos à verdade e, portanto, na medida em que se puder apurar a verdade, que se apure: como foi no passado, como é no presente, o que é que isso significa", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa em declarações aos jornalistas à saída do VII Congresso Nacional da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE).
O chefe de Estado disse que defendeu, "desde a primeira hora, que devia ser tudo investigado" no que se refere ao acolhimento de refugiados ucranianos, de forma a perceber se o acolhimento por cidadãos russos se passou "com um município, com vários municípios, com uma associação, com várias associações, com uma pessoa, com várias pessoas".
Interrogado se já houve alguma avaliação que indique que situações como a da câmara de Setúbal -- onde refugiados ucranianos foram acolhidos por cidadãos russos -- também tiveram lugar noutras autarquias, o Presidente sublinhou que acha que "é esse o apuramento que é preciso fazer".
Na sexta-feira foram aprovadas as audições no parlamento do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e a da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes -- que tem a tutela da Igualdade e Migrações --, por unanimidade.
Por outro lado, o PS 'chumbou' a audição no parlamento do presidente da Câmara de Setúbal e aprovou a do ministro da Administração Interna e da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares sobre o acolhimento de refugiados ucranianos naquele município.
Os requerimentos para chamar o presidente da Câmara de Setúbal, André Martins, eleito pela CDU (PCP/PEV), foram apresentados pelo PSD, Chega, IL e PAN e chumbados com os votos contra dos deputados do PS e os votos favoráveis dos restantes partidos, incluindo o PCP.
A Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias debateu e votou na sexta-feira vários requerimentos apresentados por PSD, Chega, IL, PCP e PAN para ouvir várias entidades sobre o acolhimento de refugiados ucranianos no município de Setúbal por funcionários alegadamente simpatizantes do regime russo.
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